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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

PORQUE DEVO DIZIMAR?


A Bíblia e as motivações para os dízimos.




Por: Edilson Moraes







Em recente postagem tratamos do mesmo assunto sob a perspectiva de levar o leitor a compreender "Para que dizimar?". Ao responder a esta pergunta, abordamos algumas das principais finalidades dos dízimos na igreja. Já o texto "Porque devo dizimar?", objeto da atual publicação trata de benefícios advindos em razão da obediência a este princípio bíblico. Em posterior postagem daremos sequência ao tema, tendo como objetivo focar "O perfil do crente dizimista".

Embora nem todos os cristãos entendam o que está por trás da fidelidade nos dízimos, é importante destacarmos aqui alguns pontos que podem ajudar a ter uma visão mais apropriada sobre o assunto, tendo em vista que a observância a esta determinação bíblica pode gerar grandes bênçãos na vida dos fiéis.

Respondendo ao questionamento "Por que devo dizimar?", apresentamos aqui algumas das razões expostas pelas Escrituras Sagradas.



Por que dizimar é uma determinação bíblica. "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa..." (Ml 3.10). Note-se que "trazei" é um indicativo e aponta para uma ordem imperativa do senhor.


Pode alguém afirmar, como já temos visto, que o texto de Malaquias assim como outros do Antigo Testamento é específico àquela época.

Há quem defenda ainda que aplica-se apenas a Israel por estar debaixo da Lei, o que anularia sua aplicabilidade a nós, por vivermos na Graça.

Data vênia, o que se nota em o Novo Testamento é o próprio JESUS autenticando a legalidade e a obrigatoriedade dos dízimos para os nossos dias.

Ao Advertir os fariseus hipócritas pelo fato de dizimarem e se utilizarem disso para justificar suas práticas erradas, o Senhor encerra com a assertiva "...deveis, porém fazer essas coisas e não omitir aquelas" (Mt 23.23). Veja-se que em momento algum Jesus combateu o dízimo, como afirmam alguns mal intencionados ou no mínimo, desprovidos de hermenêutica bíblica.

Na contra mão dos que negam os dízimos sob esses pretextos, o que vemos de fato na fala do Mestre é o respaldo para sermos obedientes à sua Palavra. Em síntese, o que Ele está afirmando é que fossem justos, misericordiosos e exercessem a fé, sem no entanto, deixar de ser fiéis na entrega dos dízimos. 

Neste sentido, o que o Senhor nos revela é que a vida cristã é respaldada na autenticidade. Trata da completude do cristianismo. De modo explícito Jesus está combatendo o farisaísmo tão real e danoso naqueles dias, como o é ainda hoje. Logo, usar Mt 23.23 como argumento para não dizimar é distorcer o texto bíblico com pretextos humanos e/ou diabólicos.


Por que dizimar está relacionado a bênçãos recebidas. Em toda a Bíblia não se vê a orientação para alguém dizimar aquilo que não tem. Ou então apenas dizimar aquele que ganha muito e tem muitos bens. Não é pelo tamanho da bênção e sim pela fidelidade e reconhecimento do bem alcançado. Seja pouco ou muito. É um ato de adoração, de gratidão a Deus por nos dar o sustento diário, a saúde e proteção.


Quando assim entendemos e nos comprometemos a fazer como Deus requer de nós, isso não é encarado como fardo e sim como algo prazeroso, agradável à nossa alma e ao Senhor. É válido ressaltar aqui que a prioridade na vida do crente é sempre o "Reino de Deus". 

Por isso, antes mesmo de comprometermos nosso salário ou bens com outras obrigações da vida terrena, precisamos devolver primeiro os dízimos. Por duas razões óbvias: a primeira é por que trata-se de algo que não nos pertence. Somos meros administradores de tudo o que Jesus coloca em nossas mãos. Ele destina NOVENTA POR CENTO para nosso uso e apenas DEZ POR CENTO deve ser destinado para a expansão do seu Reino. A segunda razão é que ao fazer a devolução nos livramos da tentação de cairmos em desobediência à ordem bíblica.


Por que dizimar inibe a ação do "devorador" Ml 3.11. Gafanhoto ou demônio? Discutir sobre isso agora não tem relevância. O que é importante para o momento é entendermos as consequências provocadas pela sonegação dos dízimos.

Para facilitar o entendimento, levemos em consideração que "devorador/gafanhoto" neste caso seja uma figura de linguagem.


Para todo efeito, essa "figura" surge como consequência negativa na vida do infiel, impedindo-lhe que prospere em seus ganhos e bens. A mensagem aqui transmitida de forma direta é que a omissão em relação aos dízimos gera desarranjos financeiros que fogem ao controle humano.

Sendo mais específico e trazendo para a nossa realidade, implica afirmar que mesmo a pessoa tendo um bom salário ou outras fontes de renda, sempre vai estar passando necessidades. Biblicamente, este efeito só é neutralizado mediante a fidelidade.

Além disso, mesmo que o texto traga como referência o exemplo da agricultura, não devemos limitar tão somente a isso. Podemos deduzir que metaforicamente o mesmo ocorre também nas outras fontes de renda, ocasionado uma série de prejuízos e limitando o poder aquisitivo da família. Isso pode acontecer por meio da perda do emprego, surgimento de doenças, perda de bens ou simplesmente pela insuficiência salarial para atender as demandas da casa.

Na realidade tudo isso está ligado à maldição da infidelidade nos dízimos. Parece assustador, mas é algo de que devemos nos preocupar e corrigir. Queremos ser prósperos? Sejamos fiéis nos dízimos e ofertas. 



Por que dizimar é contribuir para a expansão do Reino de Deus. A pregação do evangelho, o discipulado e a manutenção da igreja dependem exclusivamente da fidelidade dos servos de Deus. A falácia de que a igreja não depende de dinheiro para se manter é uma das sórdidas MENTIRAS do diabo com a intenção de travar a obra de Deus.




Se deixarmos de dizimar e ofertar como querem alguns avarentos que se dizem "conhecedores da palavra", templos serão fechados; muitas outras almas morrerão sem Cristo, por falta da pregação do evangelho; a igreja se definha.

Assim como a infidelidade nos dízimos impede o crescimento da igreja, ao atendermos à palavra de Deus, permitimos que a cada real dizimado seja uma oportunidade a mais para que famílias inteiras sejam salvas, recebendo a Cristo como seu salvador pessoal. Será que existe recompensa melhor que esta? A Bíblia diz que "...vale mais uma alma salva do que o mundo inteiro perdido".

Diante de tudo quanto Cristo já fez e faz em nosso favor, a gratidão é o mínimo que podemos lhe oferecer. Basta olhar para o passado, no tempo da nossa ignorância. A situação deplorável em que vivíamos nos arrastava para o fundo do poço. Éramos escravos do pecado, oprimidos e decadentes. CRISTO pagou com a própria vida por nossa salvação.

Concluímos afirmando que a desobediência a este princípio implica em sérios danos à nossa vida espiritual, podendo inclusive comprometer a salvação da alma. Assumamos, pois, o compromisso de andar em conformidade com a vontade de Deus.

De forma amorosa e em ato de contínua adoração, vale a pena sermos fiéis ao nosso Deus com os dízimos e ofertas.

Existem aqueles que não dizimam porque pensam que aquele valor irá fazer falta. Deus é fiel para honrar a sua Palavra em nossas vidas. Ele jamais irá deixar o crente fiel em apuros. Ele mesmo garantiu suprir todas as
necessidades "...e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança" (Ml 3.10).  

Somos desafiados a exercer diariamente a fé operante. A Bíblia diz que "sem fé é impossível agradara Deus".  Dizimar é acima de tudo, um ato de fé.    



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