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sábado, 20 de outubro de 2018

O CRESCIMENTO DO REINO DE DEUS

O grão de mostarda e o Reino de Deus. 



Por: Edilson Moraes


Texto: 
Mc 4.30-32; Mt 13.31-33; Lc 13.18,19






Os textos apresentados aqui tratam especificamente do crescimento do Reino de Deus. Destacam o fato de ele estar presente entre nós, embora não o vejamos claramente. No momento certo os os verdadeiros cristãos o identificarão e passarão a fazer parte dele eternamente, conforme afirma a Palavra de Deus.

INTERPRETAÇÃO DAS PARÁBOLAS SOBRE O REINO DE DEUS

A semente de mostarda. "É semelhante ao grão de mostarda que o homem, tomando-o, lançou na sua horta; e cresceu e fez-se grande árvore, e em seus ramos se aninharam as aves dos céus" (Lc 13.19). 

Uma semente muito pequena, mas capaz de gerar uma grande árvore. Assim também é o Reino de Deus. Embora pareça desprezível e insignificante, está entre nós e cresce dia após dia. 

A similitude aqui usada por Cristo destaca exatamente isso. O seu reino surgiu aos poucos e foi ganhando espaço à medida que sua pregação alcançava os pecadores e estes, ao se tornarem seus seguidores, contribuíam cada vez para a expansão desse reino. Esta semente fala de crescimento gradual e constante. O Senhor começou o seu ministério apenas com alguns discípulos. Logo Ele contava com setenta homens, os quais com a sua morte, deram continuidade à pregação do evangelho. Hoje, só no Brasil somos milhões de crentes em Jesus.

A EXPANSÃO DO REINO DE DEUS

"...e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia" (At 1.8). 

A pregação do evangelho é uma ordem dada por Cristo a todos crentes salvos. A forma mais evidente de uma vida em perfeita comunhão com o Senhor, é o profundo desejo de anunciar a salvação aos que ainda não foram alcançados. 

O texto em foco aponta para a importância de sermos batizados com o Espírito Santo, como forma de termos uma capacitação ou motivação a mais para isto fazer. Eis algumas razões:

1) O Espírito Santo revela e torna mais real para nós a presença pessoal de Jesus (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio Jesus Cristo resultará num desejo cada vez maior da parte de amar, honrar e agradar ao nosso Senhor.
2) O Espírito Santo dá testemunho da justiça e da verdade, as quais glorificam a Cristo, não somente com palavras, mas também no modo de viver e agir.
3)  O batismo no Espírito Santo outorga poder para o crente testemunhar de Cristo e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo cf. Jo 16.8 (Nota: At 1.8 - BEP, p. 1629) .

QUEM PARTICIPA DO REINO DE DEUS?

Quem tomou uma decisão. "Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me" (Mc 8.34). A salvação em Cristo requer que tomemos a decisão de segui-lo, deixando para trás todo o embaraço do pecado. Que abramos mão das más influências e de tudo mais que desagrada ao Senhor. 

A salvação da nossa alma exige a renúncia de todas coisas que agradam à carne, mas entristecem ao Espírito Santo de Deus. Quando alguém aceita a JESUS, está decidindo viver uma nova vida. Para ser mais claro, é o que foi dito para Nicodemos, em João 3.3 "...aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus."

Quando o crente toma essa decisão, ele decide abraçar quatro classes de lutas e sofrimentos:
1) Lutar até o fim contra o pecado, crucificando suas próprias concupiscências;
2) Lutar contra satanás e os poderes das trevas, para estender o Reino de Deus;
3) Enfrentar a perseguição que surge por resistirmos aos falsos mestres que distorcem o verdadeiro evangelho;
4) Sofrer o opróbrio, ódio e o escárnio do mundo, porque testificamos com amor, que suas obras são más.

Quem tem uma relação pessoal com Jesus. Consideremos o que disse o Apóstolo Pedro: "Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas" (1Pe 2.21). Fomos chamados a sermos imitadores de Cristo em todas coisas. O crente que desenvolve intimidade com o Senhor, está apto a também fazer o que Ele deseja. 

Essa intimidade é o resultado de uma vida de constante busca de santidade e aperfeiçoamento da vida cristã. Essas coisa acontecem de forma espontânea mediante o estudo e obediência às Escrituras Sagradas, as quais nos estimulam à vida de vigilância, oração, jejum e amor ao próximo. Via de regra, somos ainda estimulados a pregar o evangelho e ganhar outras vidas para o Reino de Deus.

Obedecer ao Senhor e à sua Palavra é a maneira mais concreta de demonstrarmos a nossa relação pessoal com Ele. "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando" (Jo 15.14). Tal obediência se deve em função de reconhecermos seu domínio e senhorio sobre todas as coisas por Ele criadas. É também em agradecimento pela salvação gratuita que nos foi ofertada. Assim, nós crentes em Cristo, o obedecemos por amor e não por força.

Quem tem uma caminhada dinâmica com Cristo. "Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará" (Mc 8.35). O antagonismo presente na fala de Jesus aponta para a realidade de que a sua ótica é totalmente diferente da ótica do mundo. O servo de Deus aprende e vive sob este ensinamento do "perder" para "ganhar". 

Por assim entender, as grandezas do Reino de Deus são sempre postas como prioridade na vida do salvo. Tudo o que permeia a vida presente como a falsa sensação de segurança, a incansável corrida pelas conquistas e prazeres não devem desviar do coração o principal propósito que é a eternidade com Cristo em seu Reino.  

Finalmente, Jesus na parábola do grão de mostarda aponta para a realidade do seu Reino que começou de forma sutil, mas foi ganhando robustez ao passo que milhões...bilhões de vidas em todo o mundo vêm se rendendo à sua mensagem de amor e de transformação. Trata ainda da realidade escatológica em que todos os povos tornar-se-ão um só povo sob reinado santo de nosso Senhor.            
        

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Referências:

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL - Editora CPAD 1995.
Lições Bíblicas - nº 03, 4º Trimestre 2018, CPAD.  



      

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