LIÇÃO 07
15 de maio
2º TRIMESTRE DE 2016
TEXTO ÁUREO
“O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus;" (Rm 8.16).
VERDADE PRÁTICA
Viver segundo o Espírito Santo significa estar sob o seu domínio e seguir suas orientações.
LEITURA BÍBLICA
Romanos 8.1-17.
Por: Edilson Moraes
INTRODUÇÃO.
No capítulo sete da
Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo apresenta um pequeno esboço do que ele
iria tratar no capítulo seguinte. Por todo o capítulo oito, o apóstolo faz um
contraste entre a velha vida, marcada pelo pecado e sem condições de se
libertar, com a nova vida no poder do Espírito Santo, que Cristo nos
proporcionou. O que fora impossível à antiga aliança, regida pela Lei, agora se
tornou possível graças a uma nova lei - a lei do Espírito de Vida em Cristo
Jesus. Por intermédio do Espírito Santo já temos uma visão prévia da alegria
que, um dia, viveremos ao lado do Senhor no céu. Temos também a garantia de
que, no futuro, desfrutaremos da plenitude da salvação.
A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO À LEI DO PECADO.
"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que
estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus,
te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à
lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em
semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o
pecado. Para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos
segundo a carne, mas segundo o Espírito" (RM 8.1-4).
Declaração
irreversível
-“A palavra portanto no início da declaração
vitoriosa refere-se ao capítulo 7, no qual, Paulo argumentou a batalha entre a
carne e o espírito. Uma luta que parece infindável, se depara com a conquista
da vitória no Espírito. A palavra portanto levanta a bandeira do Espírito para
o início da nova vida. A declaração de que “nenhuma condenação há para os que
estão em Cristo Jesus” indica que a lei (toda ela), que condenava os pecadores,
foi cumprida por Jesus. Ele tomou sobre si essa condenação, justificando-nos
perante Deus Pai (Rm 5.1) e nos colocando sob a lei do Espírito. Portanto, o
pecador justificado está debaixo de uma nova lei espiritual que domina e rege a
nova vida em Cristo” (CABRAL, 1998, p. 88).
-Coerentemente com o tema do capítulo anterior (aqui
trazido com o termo pois), o crente, mesmo que ainda lute contra a carne, que
ainda não foi abolida de todo, já não pode ser condenado, pois está em Cristo
(AMORESE, s/d, p. 14 – Biblioteca Teológica).
-O apóstolo Paulo viu que sua carne buscava o pecado. Ele também
descobriu que seu coração seguia sua carne, apesar de ele viver segundo a justiça
de Deus. Então, como ele viu que sua alma estava cheia de desejos carnais, ele
glorificava a justiça de Deus revelada em Cristo. Embora Paulo cresse na
justiça de Deus, ele sofreu muito por causa da sua carne, mas a justiça de Deus
era a Verdade digna do seu louvor eterno. Por isso, ele é testemunha (JONG,
s/d, p. 322 – Biblioteca Teológica).
A lei do Espírito
de vida
-“ Porque
a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da
morte” (Rm 8.2).
-Paulo fala nesta
carta de várias leis e as trata como: “lei do pecado”, “lei do entendimento”,
lei de Moisés”, “lei de Deus”. Porém, no capítulo 8, ele fala da lei do
espírito de vida” que opera no interior do crente e o liberta do domínio da lei
do pecado e da morte. Há uma ligação profunda entre o Espírito Santo e Jesus,
pois a nova lei é chamada “lei do espírito de vida em Cristo Jesus”. É a lei da
vida de Jesus que opera no íntimo do crente e o habilita a ter comunhão com Ele
(CABRAL, 1998, p. 88).
-Essa palavra no versículo 2 nos diz que o fato de
Jesus ter recebido o batismo e a justiça de Deus, no qual Ele nos salvou do pecado
derramando Seu sangue na cruz e ressuscitando dos mortos, nos salvou de todos
os pecados mencionados na Lei. A liberdade da lei do pecado e da morte foi
cumprida pela justiça de Deus em Jesus Cristo. Essa verdade nos confirma que
Jesus era o único que podia derramar Seu sangue na cruz, pois Ele levou os
pecados do mundo sobre Si de uma vez por todas ao receber o batismo de João
Batista. Jesus Cristo verdadeiramente libertou os que creem na justiça de Deus
da lei do pecado e da morte ao receber o batismo de João Batista, morrendo na
cruz, enquanto carregava os pecados do mundo, e ressuscitando dos mortos. A
justiça de Deus em Jesus, a qual nos deu vida e nos salvou do pecado, foi
cumprida de uma maneira perfeita pelo batismo da remissão de pecados e pelo
sangue na cruz que Deus Pai realizou através de Seu filho. Por essa razão, a
bíblia diz que a justiça de Deus é “a lei do espírito da vida que nos libertou
do pecado” (JONG, s/d, p. 324 – Biblioteca Teológica).
1. A enfermidade da
lei.
-"Miserável
homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7.24).
-“Porquanto o que era impossível à lei, visto que se
achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da
carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado” (Rm 8.3).
-Entende-se, então
que a Lei não podia operar a libertação do pecado. Por isso, “Deus, enviando o seu Filho em semelhança de
carne” (v. 3), isto é, tomando a forma frágil do homem pecador, recebeu em
seu corpo, na sua carne, o nosso pecado, e o cravou na cruz do calvário
(CABRAL, 1998, p. 88).
-Se algum servo de Deus, ou seja, aquele crê na Sua
justiça e se tornou Seu povo, se cansa da batalha e cai, isto acontece por causa
da incessante perseguição dos desejos da carne e dos pecados. Mas há um General
que faz os Seus servos vencerem, e Seu nome é Jesus Cristo. Ele é o salvador o
qual não deixa seus servos caírem, e quando eles pedem Sua ajuda, Ele vem
resgatá-los com Sua espada do evangelho da justiça de Deus, e com um golpe Ele
repreende a morte, que é o salário do pecado, as maldições, a vergonha e o desprezo,
e ainda os cobre com a veste da salvação, renova suas forças, os levanta e
fortalece para que vivam na Sua justiça (JONG, s/d, p. 324 – Biblioteca Teológica).
2. A cura da cruz.
-"Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De
modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei
do pecado" (Rm 7.25).
-Os santos e os servos de Deus que creem na Sua
justiça vencem todos os pecados por crerem no evangelho da água e do Espírito
dado por Jesus Cristo. Então, por crerem na justiça de Deus, eles lutam contra
o pecado e vencem, graças a Ele. Essa é a vitória e a bênção daqueles que se
tornaram servos de Deus por crerem na Sua justiça (JONG, s/d, p. 318 – B.
Teológica).
- A declaração de
que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” indica que a lei
(toda ela), que condenava os pecadores, foi cumprida por Jesus. Ele tomou sobre
si essa condenação, justificando-nos perante Deus Pai (Rm 5.1) e nos colocando
sob a lei do Espírito. Portanto, o pecador justificado está debaixo de uma nova
lei espiritual que domina e rege a nova vida em Cristo” (CABRAL, 1998, p. 88).
3. A lei do pecado
é revogada.
-A lei do pecado e
da morte, que havia neutralizado ou tornado ineficaz a Lei, agora foram
revogadas pela Lei do Espírito da vida. Essa nova lei, muito mais poderosa,
porque não operava baseada nas obras da carne, mas no sacrifício de Jesus, o
imaculado Cordeiro de Deus, tornou possível quebrar o jugo da escravidão que a
lei do pecado produzia. Agora todos os filhos de Deus podem gozar da liberdade
que vem da vida segundo o Espírito (GONÇALVES, 2016, p. 51 – professor).
- A declaração de
que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” indica que a lei
(toda ela), que condenava os pecadores, foi cumprida por Jesus. Ele tomou sobre
si essa condenação, justificando-nos perante Deus Pai (Rm 5.1) e nos colocando
sob a lei do Espírito. Portanto, o pecador justificado está debaixo de uma nova
lei espiritual que domina e rege a nova vida em Cristo” (CABRAL, 1998, p. 88).
A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO À NATUREZA
ADÂMICA (Rm 8.5-17).
1. A velha
inclinação.
-"Porque a inclinação da carne é morte;
mas a inclinação do Espírito é vida e paz" (Rm 8.6).
-Há três mortes das
quais o crente deve participar: 1) A morte no pecado, Isto é, nossa condenação
(Ef 2.1; Col 2.13). O pecado havia conduzido a alma a esta condição, cujo
castigo é a morte espiritual ou separação de Deus. 2) A morte pelo pecado, isto
é, nossa justificação. Cristo sofreu sobre a cruz a sentença duma lei infrigida,
e nós, por conseguinte, somos considerados como a havendo sofrido nele. O que
Ele fez por nós é considerado como se fosse feito por nós mesmos (2Co 5.14; Gl
2.20). Somos considerados legal ou judicialmente livres da pena duma lei
violada, uma vez que pela fé pessoal consentimos na transação. 3) A morte para
o pecado, isto é, nossa santificação (Rm 6.11). O que é certo para nós deve ser
feito real em nós; o que é judicial deve se tornar prático; a morte para a pena
do pecado deve ser seguida pela morte para o poder do pecado. E essa é a obra
do Espírito Santo (Rm 8.13) – (PEARLMAN, 1996, P. 167).
-A respeito do primeiro tipo de morte mencionado por Pearlman, podemos entender que de acordo com Romanos 8.11, trata-se de uma situação condicionada, marcada pela conjunção "se" presente no texto, como exposto aqui: "porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis." Logo, mesmo considerando que ainda opera em nós a natureza adâmica (velho homem) que nos atraí o tempo todo a obedecer à voz do pecado, isto não é imperativo. Por estarmos agora sob a égide da lei do Espírito, podemos decidir se pecamos e morremos ou negamos o pecado e vivemos em Cristo.
-A respeito do primeiro tipo de morte mencionado por Pearlman, podemos entender que de acordo com Romanos 8.11, trata-se de uma situação condicionada, marcada pela conjunção "se" presente no texto, como exposto aqui: "porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis." Logo, mesmo considerando que ainda opera em nós a natureza adâmica (velho homem) que nos atraí o tempo todo a obedecer à voz do pecado, isto não é imperativo. Por estarmos agora sob a égide da lei do Espírito, podemos decidir se pecamos e morremos ou negamos o pecado e vivemos em Cristo.
-Porque a carne luta contra o Espírito, e o
Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o
que quereis" (Gl 5.17).
-“Viver segundo a
carne” (carne, aqui, é o elemento pecaminoso da natureza humana) é desejar e
satisfazer os desejos corrompidos da natureza humana pecaminosa; ter prazer e
ocupar-se com elas. Trata-se não somente da fornicação, do adultério, do ódio,
da ambição egoísta, de crises de raiva, etc. (ver Gl 5.19-21), mas também da
obscenidade, de ser viciado em pornografia e em drogas, do prazer mental e
emocional em cenas de sexo, em peças teatrais, livros, vídeo, cinema e assim
por diante (BEP, 1711, Rm 8.5-14).
-É impossível
obedecer à carne e ao Espírito ao mesmo tempo (vv. 7,8; Gl 5.17,18). Se alguém
deixa de resistir, pelo poder Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos e,
pelo contrário, passa a viver segundo a carne (v. 13), torna-se inimigo de Deus
(8.7; Tg 4.4), e a morte espiritual e eterna o aguarda (v. 13) - (BEP, 1711, Rm
8.5-14).
2. A nova
inclinação.
-"Porque a inclinação da carne é morte; mas a
inclinação do Espírito é vida e paz. Pois todos os que são guiados pelo
Espírito de Deus, esses são filhos de Deus " (Rm 8.6,14).
-A respeito da
pessoa e obra do Espírito Santo, Tozer destaca que o Espírito Santo é,
sobretudo, uma chama moral. Ele é a
própria santidade, a soma e a essência de tudo o que indescritivelmente puro.
Tozer destaca que nenhuma alegria é válida, nenhum deleite é legítimo quando se
permite que o pecado exista na vida ou na conduta. Acertadamente, ele diz que o
ideal verdadeiro do cristão não é ser feliz, mas ser santo. Em segundo lugar, o Espírito é uma chama espiritual. Aqui Tozer destaca que
o Espírito nos conduz a uma adoração verdadeira. O Espírito é também uma chama intelectual. O Espírito usa nosso
intelecto para o serviço de Deus de forma que não há incompatibilidade alguma
entre a mente e o Espírito. O Espírito é descrito como sendo chama volitiva. Ele opera na nossa
vontade.Todavia, como destaca Tozer, é necessário que haja algum tipo de
entrega total da vontade a Cristo antes que qualquer obra da graça possa ser
realizada. Por último, Tozer observa que o Espírito que habita em nós produz uma chama emotiva. Somos razão e emoção
(GONÇALVES, P. 83, 2016 - apud).
3. A nova filiação.
-"Pois todos os que são guiados pelo Espírito de
Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão,
para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo
qual clamamos: Aba, Pai! O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito
que somos filhos de Deus;" (Rm 8.14-16).
-“O mesmo Espírito” identifica e reafirma que é o Espírito Santo quem restaura o direito legal de filhos de Deus por adoção em Jesus Cristo. O testemunho do Espírito reafirma no nosso espírito interior a graça de Deus recebida. Portanto, quando a expressão diz: “testifica com o nosso espírito”, não se refere a um mero assentimento de nossa consciência, mas sim, a que o Espírito Santo sustenta e confirma dentro de nós a confiança da adoção em Cristo Jesus (CABRAL, p. 96, 1998).
-Para aqueles que receberam o Espírito Santo em seu
coração, o Espírito Santo é testemunha de que eles se tornaram filhos de Deus.
Se nós nos tornarmos filhos de Deus crendo na Sua justiça, então desfrutaremos
da glória e do esplendor do céu junto com Deus Pai. Porque nós receberemos a
glória de Deus junto com Cristo, devemos também sofrer com Ele por Sua justiça (JONG,
s/d, p. 336 – Biblioteca Teológica).
-O Espírito Santo nos transmite a
confiança de que, por Cristo e em Cristo, agora somos filhos de Deus (v. 15).
Ele torna real a verdade de que Cristo nos amou, ainda nos ama e vive por nós
no céu, como nosso mediador (cf Hb 7.25). O Espírito também nos revela que o
pai nos ama como seus filhos por adoção, não menos do que Ele ama seu Filho unigênito (Jo 14.21, 23; 17.23).
Finalmente, o Espírito cria em nós, o amor e a confiança que nos capacitam a lhe
clamar “Aba pai” (v. 15) – (BEP, 1713, Rm 8.15).
A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO ENTRE A NOVA
ORDEM E A ANTIGA (Rm 8.18-39).
1. A manifestação
dos filhos de Deus.
"Pois tenho para mim que as aflições deste tempo
presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada"
(Rm 8.18).
-Ser filho de Deus é a base da nossa fé e confiança em Deus (Mt 6.25-34) e da nossa esperança da glória futura. Como filhos de Deus, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8.16,17; Gl 4.7) – (BEP, 1959, 1Jo 3.1).
-Todos os
sofrimentos do momento – enfermidade, dor, calamidade, decepções, pobreza, maus
tratos, tristeza, perseguição e todos os tipos de aflição – devem ser
considerados insignificantes ante a bênção, os privilégios e a glória que serão
concedidos ao crente fiel, na era vindoura (cf. 2Co 4.17) - (BEP, 1713, Rm 8.18).
-Uma vez consumada
a redenção do pecador na libertação total do “corpo de pecado”, que coisa mais
pode aguardar o crente? – Aguarda com esperança segura a eterna glória
prometida. Porém, contesta-se com a pergunta: Por que sofremos tantas aflições?
A grande verdade é que as lutas precedem as vitórias; as tristezas precedem as
grandes alegrias e “as aflições deste tempo presente” precedem as glórias
futuras preparadas para os vencedores (CABRAL, p. 96, 1998).
-Uma vida eterna de glória aguarda aqueles que creem
na justiça de Deus. Por isso, Paulo falou dessa gloriosa vida em comparação aos
sofrimentos por Cristo nessa terra. Todavia, o sofrimento nessa terra
não é nada comparado à glória que os justos terão
no próximo mundo. Sim, é isso mesmo. Não há como descrever a glória celestial,
como está escrito: “Mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres”
(I Coríntios 15:40) - (JONG, s/d, p. 336
– Biblioteca Teológica).
2. Provas do grande
amor de Deus.
"Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por
nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho
poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas
as coisas?" (Rm 8.31,32).
-“Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho
poupou” prova o seu grande amor para conosco, capaz de nos proteger contra
toda a possibilidade de desviar-nos desse propósito. A base de tudo quanto Deus
faz por nós está na pessoa de Jesus Cristo. Este versículo lembra o sacrifício
de Isaque feito por Abraão (Gn 22.16). Da mesma maneira que Deus teve
disposição de prover a nossa salvação, dando seu Filho, também, nos “dará com Ele todas as coisas” (CABRAL, p.
97, 1998).
3. Deus é conosco.
"Que diremos,
pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8.31)
-“Quem será contra
nós”? Essa seção é o fechamento de tudo aquilo que o apóstolo falara até agora.
A obra The Pulpit Commentary, um dos
melhores comentários de natureza homilética já publicado, traz um esboço sobre
essa porção das Escrituras. Dividido em três pontos, temos primeiro o Solilóquio do crente. Aqui o apóstolo,
como se estivesse dialogando com sua própria alma, faz uma retrospectiva de
toda a sua argumentação anterior. Do capítulo 1 ao 5, Deus é por nós. Ele nos
justificou pela fé. Do capítulo 6 ao 8, Deus está em nós. Aqui acontece a
santificação por intermédio do Espírito de Cristo. Em segundo lugar, temos o desafio do crente. Aqui ele tem a base
para defender seu direito à salvação, como resultado da justificação pela fé. A
justificação é um ato de Deus. A base dessa justificação é a morte de Cristo e
a garantia dessa justificação é a ressurreição de Jesus. Isso garante ao
cristão vitória sobre seus inimigos. Por último, o crente está persuadido
naquilo em que creu. Nada pode demovê-lo dessa convicção (GONÇALVES, P. 87,
2016).
-Já que Deus protege os crentes com Sua justiça, quem
ousa dizer que estamos errados? Ninguém pode dizer isso. A fé certa para Deus é
a fé que crê na Sua justiça, e essa fé é uma fé invencível que permite os pecadores
entrar no Céu ao fazê-los justos. A maneira de se defender de todas as mentiras
é tendo fé na justiça de Deus. Para nos defendermos de Satanás, devemos ter fé
na justiça de Deus (JONG, s/d, p. 343 – Biblioteca Teológica).
O Espírito intercede em nós...
-“Ele ajuda as
nossas fraquezas” (v. 26). A que se referem as nossas fraquezas’?. Referem-se às nossas limitações
temporais neste corpo mortal, sujeito à natureza pecaminosa. Enquanto
estivermos enclausurados dentro deste ‘tabernáculo’ (corpo) terrenal, somos sujeitos
às fraquezas da carne. Por isso, o Espírito Santo habita dentro do crente para
ajudá-lo nas suas fraquezas. A ajuda do Espírito Santo dentro de nós é
representado pela sua intercessão (GONÇALVES, P. 54, LBM 2016 - apud).
-Três observações sobre a atividade
do Espírito Santo em ajudar o crente a orar:
1) O filho de Deus tem dois
intercessores divinos. Cristo intercede no céu pelo crente, perante a face do
pai (v. 34; ver Hb 7.25; 1Jo 2.1) e o Espírito Santo intercede no íntimo do
crente, na terra.
2) “Com gemidos”, provavelmente,
indica que o Espírito intercede juntamente com os gemidos do crente. Esses
gemidos têm lugar no coração do crente.
3) Os desejos e anseios espirituais
dos crentes tem sua origem no Espírito Santo, que habita em nosso coração. O
próprio Espírito suspira, geme e sofre dentro de nós, apela ao Pai em favor das
nossas necessidades “segundo [a vontade de] Deus” (v. 27).
CONCLUSÃO
-Finalizamos este
estudo com a certeza plena de que assim como afirmara o apóstolo Paulo, não há
mais condenação para aqueles que foram lavados pelo sangue do Cordeiro de Deus.
A dívida impagável do ponto de vista humano que clamava contra nós, e da qual
éramos acusados e arrastados para a morte, foi paga mediante o preço de sangue
de Jesus Cristo.
-A natureza adâmica
(velho homem) só pode ser controlada pela ação do Espírito de vida entregue pelo
senhor, àqueles que aceitarem a salvação pela graça, na pessoa de Jesus Cristo
e deliberadamente tomarem a decisão de abandonar tudo aquilo que se configure
em pecado e, dessa forma, escapar do seu aguilhão, que é a morte eterna.
-A vida no Espírito
significa muito mais que simples mudança de hábito, de religião, alterações
esteriotipadas ou outra coisa qualquer. Representa mudança de vida, com
transformação de caráter, santidade e obediência à Palavra de Deus. Vida no
Espírito é ter a capacidade de dizer não às convenções mundanas e carnais. É
materializada no momento em que no confronto entre a velha e a nova natureza
(antigo e novo Adão), prevaleça a Lei do Espírito agindo no coração do novo
adão que agora regenerado, vive para Deus. “Já
estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a
vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e
se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20).
_____________________________
Referências
AMORESE, Rubem
Martins. Carta de são Paulo aos Romanos. Biblioteca teológica.
BIBLIA DE ESTUDO
PENTECOSTAL - Editora CPAD 1995.
BÍBLIA SAGRADA DIGITAL.
Versão 3.8.0.
CABRAL, Elienai.
Comentário Bíblico: Comentário Bíblico Romanos. Rio de Janeiro, CPAD, 1.998.
GONÇALVES, José.
Maravilhosa Graça. O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos.
Lições bíblicas jovens e adultos. 2º trimestre de 2016. CPAD, 2016.
______Ibdem -
Maravilhosa Graça. O Evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos.
Rio de Janeiro, CPAD, 2016.
JONG, Paul C.
Exegese do livro de Romanos (I). Seul, Coréia, Editora Efzibá, 2008.
PEARLMAN, M.
Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo, Editora Vida, 1996.
EM CASO DE CITAÇÃO DIRETA E/OU INDIRETA, FAVOR MENCIONAR A FONTE, CONFORME AMOSTRA A SEGUIR:
SANTOS, Edilson Moraes dos. A vida segundo o Espírito. Disponível em: <ekklesia21.blogspot.com.br>. Acesso em: ...
PLÁGIO É CRIME!
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