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domingo, 8 de maio de 2016

A VIDA SEGUNDO O ESPÍRITO

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LIÇÃO 07

15 de maio

2º TRIMESTRE DE 2016

 TEXTO ÁUREO

O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus;"  (Rm 8.16).

VERDADE PRÁTICA

Viver segundo o Espírito Santo significa estar sob o seu domínio e seguir suas orientações.







LEITURA BÍBLICA
Romanos 8.1-17.



Por: Edilson Moraes


INTRODUÇÃO.

No capítulo sete da Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo apresenta um pequeno esboço do que ele iria tratar no capítulo seguinte. Por todo o capítulo oito, o apóstolo faz um contraste entre a velha vida, marcada pelo pecado e sem condições de se libertar, com a nova vida no poder do Espírito Santo, que Cristo nos proporcionou. O que fora impossível à antiga aliança, regida pela Lei, agora se tornou possível graças a uma nova lei - a lei do Espírito de Vida em Cristo Jesus. Por intermédio do Espírito Santo já temos uma visão prévia da alegria que, um dia, viveremos ao lado do Senhor no céu. Temos também a garantia de que, no futuro, desfrutaremos da plenitude da salvação.

A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO À LEI DO PECADO.

"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado. Para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito" (RM 8.1-4).

Declaração irreversível

-“A palavra portanto no início da declaração vitoriosa refere-se ao capítulo 7, no qual, Paulo argumentou a batalha entre a carne e o espírito. Uma luta que parece infindável, se depara com a conquista da vitória no Espírito. A palavra portanto levanta a bandeira do Espírito para o início da nova vida. A declaração de que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” indica que a lei (toda ela), que condenava os pecadores, foi cumprida por Jesus. Ele tomou sobre si essa condenação, justificando-nos perante Deus Pai (Rm 5.1) e nos colocando sob a lei do Espírito. Portanto, o pecador justificado está debaixo de uma nova lei espiritual que domina e rege a nova vida em Cristo” (CABRAL, 1998, p. 88).

-Coerentemente com o tema do capítulo anterior (aqui trazido com o termo pois), o crente, mesmo que ainda lute contra a carne, que ainda não foi abolida de todo, já não pode ser condenado, pois está em Cristo (AMORESE, s/d, p. 14 – Biblioteca Teológica).

-O apóstolo Paulo viu que sua carne buscava o pecado. Ele também descobriu que seu coração seguia sua carne, apesar de ele viver segundo a justiça de Deus. Então, como ele viu que sua alma estava cheia de desejos carnais, ele glorificava a justiça de Deus revelada em Cristo. Embora Paulo cresse na justiça de Deus, ele sofreu muito por causa da sua carne, mas a justiça de Deus era a Verdade digna do seu louvor eterno. Por isso, ele é testemunha (JONG, s/d, p. 322 – Biblioteca Teológica).
  
A lei do Espírito de vida

-“ Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2).

-Paulo fala nesta carta de várias leis e as trata como: “lei do pecado”, “lei do entendimento”, lei de Moisés”, “lei de Deus”. Porém, no capítulo 8, ele fala da lei do espírito de vida” que opera no interior do crente e o liberta do domínio da lei do pecado e da morte. Há uma ligação profunda entre o Espírito Santo e Jesus, pois a nova lei é chamada “lei do espírito de vida em Cristo Jesus”. É a lei da vida de Jesus que opera no íntimo do crente e o habilita a ter comunhão com Ele (CABRAL, 1998, p. 88).

-Essa palavra no versículo 2 nos diz que o fato de Jesus ter recebido o batismo e a justiça de Deus, no qual Ele nos salvou do pecado derramando Seu sangue na cruz e ressuscitando dos mortos, nos salvou de todos os pecados mencionados na Lei. A liberdade da lei do pecado e da morte foi cumprida pela justiça de Deus em Jesus Cristo. Essa verdade nos confirma que Jesus era o único que podia derramar Seu sangue na cruz, pois Ele levou os pecados do mundo sobre Si de uma vez por todas ao receber o batismo de João Batista. Jesus Cristo verdadeiramente libertou os que creem na justiça de Deus da lei do pecado e da morte ao receber o batismo de João Batista, morrendo na cruz, enquanto carregava os pecados do mundo, e ressuscitando dos mortos. A justiça de Deus em Jesus, a qual nos deu vida e nos salvou do pecado, foi cumprida de uma maneira perfeita pelo batismo da remissão de pecados e pelo sangue na cruz que Deus Pai realizou através de Seu filho. Por essa razão, a bíblia diz que a justiça de Deus é “a lei do espírito da vida que nos libertou do pecado” (JONG, s/d, p. 324 – Biblioteca Teológica).

1. A enfermidade da lei.

-"Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7.24).

-“Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado” (Rm 8.3).

-Entende-se, então que a Lei não podia operar a libertação do pecado. Por isso, “Deus, enviando o seu Filho em semelhança de carne” (v. 3), isto é, tomando a forma frágil do homem pecador, recebeu em seu corpo, na sua carne, o nosso pecado, e o cravou na cruz do calvário (CABRAL, 1998, p. 88).

-Se algum servo de Deus, ou seja, aquele crê na Sua justiça e se tornou Seu povo, se cansa da batalha e cai, isto acontece por causa da incessante perseguição dos desejos da carne e dos pecados. Mas há um General que faz os Seus servos vencerem, e Seu nome é Jesus Cristo. Ele é o salvador o qual não deixa seus servos caírem, e quando eles pedem Sua ajuda, Ele vem resgatá-los com Sua espada do evangelho da justiça de Deus, e com um golpe Ele repreende a morte, que é o salário do pecado, as maldições, a vergonha e o desprezo, e ainda os cobre com a veste da salvação, renova suas forças, os levanta e fortalece para que vivam na Sua justiça (JONG, s/d, p. 324 – Biblioteca Teológica).

2. A cura da cruz.

-"Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado" (Rm 7.25).

-Os santos e os servos de Deus que creem na Sua justiça vencem todos os pecados por crerem no evangelho da água e do Espírito dado por Jesus Cristo. Então, por crerem na justiça de Deus, eles lutam contra o pecado e vencem, graças a Ele. Essa é a vitória e a bênção daqueles que se tornaram servos de Deus por crerem na Sua justiça (JONG, s/d, p. 318 – B. Teológica).

- A declaração de que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” indica que a lei (toda ela), que condenava os pecadores, foi cumprida por Jesus. Ele tomou sobre si essa condenação, justificando-nos perante Deus Pai (Rm 5.1) e nos colocando sob a lei do Espírito. Portanto, o pecador justificado está debaixo de uma nova lei espiritual que domina e rege a nova vida em Cristo” (CABRAL, 1998, p. 88).
  
3. A lei do pecado é revogada.

-A lei do pecado e da morte, que havia neutralizado ou tornado ineficaz a Lei, agora foram revogadas pela Lei do Espírito da vida. Essa nova lei, muito mais poderosa, porque não operava baseada nas obras da carne, mas no sacrifício de Jesus, o imaculado Cordeiro de Deus, tornou possível quebrar o jugo da escravidão que a lei do pecado produzia. Agora todos os filhos de Deus podem gozar da liberdade que vem da vida segundo o Espírito (GONÇALVES, 2016, p. 51 – professor).

- A declaração de que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” indica que a lei (toda ela), que condenava os pecadores, foi cumprida por Jesus. Ele tomou sobre si essa condenação, justificando-nos perante Deus Pai (Rm 5.1) e nos colocando sob a lei do Espírito. Portanto, o pecador justificado está debaixo de uma nova lei espiritual que domina e rege a nova vida em Cristo” (CABRAL, 1998, p. 88).
  
A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO À NATUREZA ADÂMICA (Rm 8.5-17). 

1. A velha inclinação.

-"Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz" (Rm 8.6).

-Há três mortes das quais o crente deve participar: 1) A morte no pecado, Isto é, nossa condenação (Ef 2.1; Col 2.13). O pecado havia conduzido a alma a esta condição, cujo castigo é a morte espiritual ou separação de Deus. 2) A morte pelo pecado, isto é, nossa justificação. Cristo sofreu sobre a cruz a sentença duma lei infrigida, e nós, por conseguinte, somos considerados como a havendo sofrido nele. O que Ele fez por nós é considerado como se fosse feito por nós mesmos (2Co 5.14; Gl 2.20). Somos considerados legal ou judicialmente livres da pena duma lei violada, uma vez que pela fé pessoal consentimos na transação. 3) A morte para o pecado, isto é, nossa santificação (Rm 6.11). O que é certo para nós deve ser feito real em nós; o que é judicial deve se tornar prático; a morte para a pena do pecado deve ser seguida pela morte para o poder do pecado. E essa é a obra do Espírito Santo (Rm 8.13) – (PEARLMAN, 1996, P. 167).

-A respeito do primeiro tipo de morte mencionado por Pearlman, podemos entender que de acordo com Romanos 8.11, trata-se de uma situação condicionada, marcada pela conjunção "se" presente no texto, como exposto aqui: "porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis." Logo, mesmo considerando que ainda opera em nós a natureza adâmica (velho homem) que nos atraí o tempo todo a obedecer à voz do pecado, isto não é imperativo. Por estarmos agora sob a égide da lei do Espírito, podemos decidir se pecamos e morremos ou negamos o pecado e vivemos em Cristo.   

-Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis" (Gl 5.17).

-“Viver segundo a carne” (carne, aqui, é o elemento pecaminoso da natureza humana) é desejar e satisfazer os desejos corrompidos da natureza humana pecaminosa; ter prazer e ocupar-se com elas. Trata-se não somente da fornicação, do adultério, do ódio, da ambição egoísta, de crises de raiva, etc. (ver Gl 5.19-21), mas também da obscenidade, de ser viciado em pornografia e em drogas, do prazer mental e emocional em cenas de sexo, em peças teatrais, livros, vídeo, cinema e assim por diante (BEP, 1711, Rm 8.5-14).

-É impossível obedecer à carne e ao Espírito ao mesmo tempo (vv. 7,8; Gl 5.17,18). Se alguém deixa de resistir, pelo poder Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos e, pelo contrário, passa a viver segundo a carne (v. 13), torna-se inimigo de Deus (8.7; Tg 4.4), e a morte espiritual e eterna o aguarda (v. 13) - (BEP, 1711, Rm 8.5-14).      

2. A nova inclinação.

-"Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus " (Rm 8.6,14).

-A respeito da pessoa e obra do Espírito Santo, Tozer destaca que o Espírito Santo é, sobretudo, uma chama moral. Ele é a própria santidade, a soma e a essência de tudo o que indescritivelmente puro. Tozer destaca que nenhuma alegria é válida, nenhum deleite é legítimo quando se permite que o pecado exista na vida ou na conduta. Acertadamente, ele diz que o ideal verdadeiro do cristão não é ser feliz, mas ser santo. Em segundo lugar, o Espírito é uma chama espiritual. Aqui Tozer destaca que o Espírito nos conduz a uma adoração verdadeira. O Espírito é também uma chama intelectual. O Espírito usa nosso intelecto para o serviço de Deus de forma que não há incompatibilidade alguma entre a mente e o Espírito. O Espírito é descrito como sendo chama volitiva. Ele opera na nossa vontade.Todavia, como destaca Tozer, é necessário que haja algum tipo de entrega total da vontade a Cristo antes que qualquer obra da graça possa ser realizada. Por último, Tozer observa que o Espírito que habita em nós produz uma chama emotiva. Somos razão e emoção (GONÇALVES, P. 83, 2016 - apud).     

3. A nova filiação.

-"Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai! O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus;" (Rm 8.14-16).

       -“O mesmo Espírito” identifica e reafirma que é o Espírito Santo quem restaura o direito legal de filhos de Deus por adoção em Jesus Cristo. O testemunho do Espírito reafirma no nosso espírito interior a graça de Deus recebida. Portanto, quando a expressão diz: “testifica com o nosso espírito”, não se refere a um mero assentimento de nossa consciência, mas sim, a que o Espírito Santo sustenta e confirma dentro de nós a confiança da adoção em Cristo Jesus (CABRAL, p. 96, 1998).

-Para aqueles que receberam o Espírito Santo em seu coração, o Espírito Santo é testemunha de que eles se tornaram filhos de Deus. Se nós nos tornarmos filhos de Deus crendo na Sua justiça, então desfrutaremos da glória e do esplendor do céu junto com Deus Pai. Porque nós receberemos a glória de Deus junto com Cristo, devemos também sofrer com Ele por Sua justiça (JONG, s/d, p. 336 – Biblioteca Teológica).

-O Espírito Santo nos transmite a confiança de que, por Cristo e em Cristo, agora somos filhos de Deus (v. 15). Ele torna real a verdade de que Cristo nos amou, ainda nos ama e vive por nós no céu, como nosso mediador (cf Hb 7.25). O Espírito também nos revela que o pai nos ama como seus filhos por adoção, não menos do que Ele ama  seu Filho unigênito (Jo 14.21, 23; 17.23). Finalmente, o Espírito cria em nós, o amor e a confiança que nos capacitam a lhe clamar “Aba pai” (v. 15) – (BEP, 1713, Rm 8.15).
   
A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO ENTRE A NOVA ORDEM E A ANTIGA (Rm 8.18-39).

1. A manifestação dos filhos de Deus.
       
"Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada" (Rm 8.18).

           -Ser filho de Deus é a base da nossa fé e confiança em Deus (Mt 6.25-34) e da nossa esperança da glória futura. Como filhos de Deus, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8.16,17; Gl 4.7) – (BEP, 1959, 1Jo 3.1).

-Todos os sofrimentos do momento – enfermidade, dor, calamidade, decepções, pobreza, maus tratos, tristeza, perseguição e todos os tipos de aflição – devem ser considerados insignificantes ante a bênção, os privilégios e a glória que serão concedidos ao crente fiel, na era vindoura (cf. 2Co 4.17) - (BEP, 1713, Rm 8.18).

-Uma vez consumada a redenção do pecador na libertação total do “corpo de pecado”, que coisa mais pode aguardar o crente? – Aguarda com esperança segura a eterna glória prometida. Porém, contesta-se com a pergunta: Por que sofremos tantas aflições? A grande verdade é que as lutas precedem as vitórias; as tristezas precedem as grandes alegrias e “as aflições deste tempo presente” precedem as glórias futuras preparadas para os vencedores (CABRAL, p. 96, 1998).

-Uma vida eterna de glória aguarda aqueles que creem na justiça de Deus. Por isso, Paulo falou dessa gloriosa vida em comparação aos sofrimentos por Cristo nessa terra. Todavia, o sofrimento nessa terra
não é nada comparado à glória que os justos terão no próximo mundo. Sim, é isso mesmo. Não há como descrever a glória celestial, como está escrito: “Mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres” (I Coríntios 15:40) - (JONG, s/d, p. 336 – Biblioteca Teológica).

2. Provas do grande amor de Deus.

"Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?" (Rm 8.31,32).

-“Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou” prova o seu grande amor para conosco, capaz de nos proteger contra toda a possibilidade de desviar-nos desse propósito. A base de tudo quanto Deus faz por nós está na pessoa de Jesus Cristo. Este versículo lembra o sacrifício de Isaque feito por Abraão (Gn 22.16). Da mesma maneira que Deus teve disposição de prover a nossa salvação, dando seu Filho, também, nos “dará com Ele todas as coisas” (CABRAL, p. 97, 1998).

3. Deus é conosco.

"Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8.31)

-Quem será contra nós”? Essa seção é o fechamento de tudo aquilo que o apóstolo falara até agora. A obra The Pulpit Commentary, um dos melhores comentários de natureza homilética já publicado, traz um esboço sobre essa porção das Escrituras. Dividido em três pontos, temos primeiro o Solilóquio do crente. Aqui o apóstolo, como se estivesse dialogando com sua própria alma, faz uma retrospectiva de toda a sua argumentação anterior. Do capítulo 1 ao 5, Deus é por nós. Ele nos justificou pela fé. Do capítulo 6 ao 8, Deus está em nós. Aqui acontece a santificação por intermédio do Espírito de Cristo. Em segundo lugar, temos o desafio do crente. Aqui ele tem a base para defender seu direito à salvação, como resultado da justificação pela fé. A justificação é um ato de Deus. A base dessa justificação é a morte de Cristo e a garantia dessa justificação é a ressurreição de Jesus. Isso garante ao cristão vitória sobre seus inimigos. Por último, o crente está persuadido naquilo em que creu. Nada pode demovê-lo dessa convicção (GONÇALVES, P. 87, 2016).

-Já que Deus protege os crentes com Sua justiça, quem ousa dizer que estamos errados? Ninguém pode dizer isso. A fé certa para Deus é a fé que crê na Sua justiça, e essa fé é uma fé invencível que permite os pecadores entrar no Céu ao fazê-los justos. A maneira de se defender de todas as mentiras é tendo fé na justiça de Deus. Para nos defendermos de Satanás, devemos ter fé na justiça de Deus (JONG, s/d, p. 343 – Biblioteca Teológica).

O Espírito intercede em nós...

-“Ele ajuda as nossas fraquezas” (v. 26). A que se referem as nossas fraquezas’?. Referem-se às nossas limitações temporais neste corpo mortal, sujeito à natureza pecaminosa. Enquanto estivermos enclausurados dentro deste ‘tabernáculo’ (corpo) terrenal, somos sujeitos às fraquezas da carne. Por isso, o Espírito Santo habita dentro do crente para ajudá-lo nas suas fraquezas. A ajuda do Espírito Santo dentro de nós é representado pela sua intercessão (GONÇALVES, P. 54, LBM 2016 - apud).

-Três observações sobre a atividade do Espírito Santo em ajudar o crente a orar:

1) O filho de Deus tem dois intercessores divinos. Cristo intercede no céu pelo crente, perante a face do pai (v. 34; ver Hb 7.25; 1Jo 2.1) e o Espírito Santo intercede no íntimo do crente, na terra.

2) “Com gemidos”, provavelmente, indica que o Espírito intercede juntamente com os gemidos do crente. Esses gemidos têm lugar no coração do crente.

3) Os desejos e anseios espirituais dos crentes tem sua origem no Espírito Santo, que habita em nosso coração. O próprio Espírito suspira, geme e sofre dentro de nós, apela ao Pai em favor das nossas necessidades “segundo [a vontade de] Deus” (v. 27).
          
CONCLUSÃO 

-Finalizamos este estudo com a certeza plena de que assim como afirmara o apóstolo Paulo, não há mais condenação para aqueles que foram lavados pelo sangue do Cordeiro de Deus. A dívida impagável do ponto de vista humano que clamava contra nós, e da qual éramos acusados e arrastados para a morte, foi paga mediante o preço de sangue de Jesus Cristo.

-A natureza adâmica (velho homem) só pode ser controlada pela ação do Espírito de vida entregue pelo senhor, àqueles que aceitarem a salvação pela graça, na pessoa de Jesus Cristo e deliberadamente tomarem a decisão de abandonar tudo aquilo que se configure em pecado e, dessa forma, escapar do seu aguilhão, que é a morte eterna.

-A vida no Espírito significa muito mais que simples mudança de hábito, de religião, alterações esteriotipadas ou outra coisa qualquer. Representa mudança de vida, com transformação de caráter, santidade e obediência à Palavra de Deus. Vida no Espírito é ter a capacidade de dizer não às convenções mundanas e carnais. É materializada no momento em que no confronto entre a velha e a nova natureza (antigo e novo Adão), prevaleça a Lei do Espírito agindo no coração do novo adão que agora regenerado, vive para Deus. “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20).



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Referências

AMORESE, Rubem Martins. Carta de são Paulo aos Romanos. Biblioteca teológica.

BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL - Editora CPAD 1995.

BÍBLIA SAGRADA DIGITAL. Versão 3.8.0.

CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico: Comentário Bíblico Romanos. Rio de Janeiro, CPAD, 1.998. 

GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça. O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. Lições bíblicas jovens e adultos. 2º trimestre de 2016. CPAD, 2016.

______Ibdem - Maravilhosa Graça. O Evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. Rio de Janeiro, CPAD, 2016.

JONG, Paul C. Exegese do livro de Romanos (I). Seul, Coréia, Editora Efzibá, 2008.


PEARLMAN, M. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo, Editora Vida, 1996. 



EM CASO DE CITAÇÃO DIRETA E/OU INDIRETA, FAVOR MENCIONAR A FONTE, CONFORME AMOSTRA A SEGUIR:

SANTOS, Edilson Moraes dos. A vida segundo o Espírito. Disponível em: <ekklesia21.blogspot.com.br>. Acesso em: ...   



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