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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A renúncia de Bento XVI

Aos 85 anos de idade, Papa renuncia o cargo da liderança maior da Igreja Católica, ocasionando grande surpresa em todo o mundo.


“Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério de São Pedro. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando”, disse o religioso (Fonte: O Globo Mundo).

No dia 11 de fevereiro de 2013 o Papa Bento XVI, da Igreja Católica chamou a atenção do mundo inteiro na manhã deste dia com o comunicado de sua renúncia ao cargo. A contar desta data, só ficará no cargo até o dia 28 de fevereiro, quando deverá ser dado início ao processo de escolha do substituto do pontífice, fato que chama a atenção, em razão de se tratar de um cargo vitalício – a última renúncia de um papa ocorreu há seis séculos.

“Ele é o quarto Papa a renunciar ao cargo. Antes dele, o Papa Ponciano deixou a liderança da Igreja Católica no ano de 235. Depois vieram Celestino V, em 1294; e Gregório XII, em 1415” (Fonte: O Globo Mundo).

Tendo sido eleito em 2005 para assumir o papado, Bento XVI se deparou com situações muito problemáticas, que de certa forma abalaram as estruturas da Igreja Católica. Estouraram denúncias de pedofilia no mundo inteiro - um escândalo sem medida – fragilizando ainda mais as bases da fé católica, que já estava há décadas em estágio de decréscimo contínuo, além de um prejuízo milionário gerado pelas indenizações pagas aos que sofreram abusos sexuais praticados por padres de vários escalões eclesiásticos, em vários países incluindo-se o Brasil e em épocas diferentes do nosso século. Como se isto não fosse suficiente, existem suspeitas de acobertamento dos fatos sob a tutela do Papa, com o intuito de abafar os casos para não gerar prejuízos maiores. Para piorar, nos últimos meses, ventilaram pelo mundo a fora, denúncias de corrupção no vaticano.

Acompanhado a esta situação escabrosa, vem o fato de que o mundo está passando por transformações muito rápidas. A cada dia que passa, surgem temas de difícil solução, exigindo da Igreja que esteja “antenada” em todos os aspectos e pronta para atender aos anseios da sociedade. Mesmo sendo temas antigos como o aborto, uso de anticonsepcionais e eutanásia por exemplo, duramente criticados pelo pontífice em continuidade ao seu antecessor, continuam mexendo com o humor dos fiéis.

Afora estas coisas, surgem também os grandes conflitos estourados nos últimos dias, a questão da fome no mundo e a desigualdade social que assola toda a humanidade e que a Igreja pouco pôde fazer para mudar a situação. Geralmente repousa apenas no discurso.

Vale ressaltar aqui que muitos enxergam em Bento XVI, aquele que procurou dialogar com a diversidade religiosa, dando sinais de respeito às diferentes crenças, fazendo disso seu legado em particular.

Por fim, a sua renúncia é a clara demonstração de que não são poucos os desafios a serem enfrentados por quem assumir tão alto posto. Este ato sugere a necessidade de um repensar, de forma crítica, sobre o que se deve fazer para manter viva no coração do mundo a chama da esperança nas ações divinas, por intermédio de seus lideres, os quais têm a responsabilidade de ser o exemplo para fiéis – sejam padres, pastores, obreiros...  que possam conduzir de fato o homem a Deus mediante uma conduta pautada na verdade e na justiça.

As pessoas, em especial as mais esclarecidas estão tomando pavor à religião por causa dos escândalos que vem batendo à porta das Igrejas. Ter uma vida religiosa não significa nada, se esta não for realmente transformada pelo poder da Palavra de Deus. Ser adepto de determinada religião, seja católica, protestante, candomblé..., enfim não é garantia de salvação da alma. Faz-se necessário permitir que Jesus molde o caráter do homem, tornando-lhe novo ser, como se vê proposto no Evangelho de João 3.3-6: Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.

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Edilso Moraes dos Santos
Professor da Escola Bíblica Dominical.

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