Edilson Moraes
“... se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.”
Quem de nós, em algum momento não se espantou ou ficou chocado com a notícia de que determinada autoridade representante de órgão público pratica o nepotismo? Trazemos como exemplo uma manchete publicada em 09 de agosto de 2013 pelo portal G1, intitulada: "Suspeito de nepotismo, casal de servidores pede exoneração do TCE". A matéria trata de uma situação em que pai, mãe e filho atuavam no setor público (TCE-GO), em cargos comissionados e exercendo função de chefia.
Neste caso, o Ministério Público determinou que ambos pedissem exoneração no prazo de dez dias, para que não tivessem que responder por improbidade administartiva.
Partindo dai e entrando no universo político, a coisa é ainda pior. Haja vista os inúmeros casos já conhecidos pela população brasileira, os quais causam em todos nós um misto de revolta, injustiça e de impotência. Este sentimento decorre do fato de que o mínimo que se espera de quem lida com o erário público seja alguém de caráter ilibado, não tendencioso, ético e justo.
E quando tal comportamento se torna algo corriqueiro no meio cristão? Que tipo de reação espera-se daqueles que constituem a base de sustentação institucional da igreja e principalmente da sociedade que a cerca? De cordo com a Bíblia Sabrada nós somos acompanhados por uma "[...] grande nuvem de testemunhas."
Neste caso, o Ministério Público determinou que ambos pedissem exoneração no prazo de dez dias, para que não tivessem que responder por improbidade administartiva.
Partindo dai e entrando no universo político, a coisa é ainda pior. Haja vista os inúmeros casos já conhecidos pela população brasileira, os quais causam em todos nós um misto de revolta, injustiça e de impotência. Este sentimento decorre do fato de que o mínimo que se espera de quem lida com o erário público seja alguém de caráter ilibado, não tendencioso, ético e justo.
E quando tal comportamento se torna algo corriqueiro no meio cristão? Que tipo de reação espera-se daqueles que constituem a base de sustentação institucional da igreja e principalmente da sociedade que a cerca? De cordo com a Bíblia Sabrada nós somos acompanhados por uma "[...] grande nuvem de testemunhas."
Para o Dicionário de Ciências Sociais - MEC,
“Nepotismo é a prática pela qual uma autoridade pública nomeia um ou mais parentes próximos para o serviço público ou lhes confere outros favores a fim de promover o prestígio da família, aumentar a renda da família, ou ajudar a montar uma máquina política, em lugar de cuidar da promoção do bem-estar público”.
“Nepotismo é a prática pela qual uma autoridade pública nomeia um ou mais parentes próximos para o serviço público ou lhes confere outros favores a fim de promover o prestígio da família, aumentar a renda da família, ou ajudar a montar uma máquina política, em lugar de cuidar da promoção do bem-estar público”.
Nepotismo (do latim nepos, neto ou descendente) é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos. Originalmente, a palavra era usada exclusivamente no âmbito das relações do papa com seus parentes, mas atualmente é utilizado como sinônimo da concessão de privilégios ou cargos a parentes no funcionalismo público. O Dicionário Aurélio define nepotismo como “Autoridade que os sobrinhos e outros parentes do papa exerciam na administração eclesiástica.”
Saindo do aspecto conceitual, vale a pena fazermos algumas provocações visando chamar a atenção do leitor para uma reflexão sobre este assunto tão presente em nosso dia-a-dia. Inicialmente, como identificar que determinada ação está sob o vício do nepotismo? Em se tratando da igreja, como isto se concretiza? Que conseqüências pode ter uma instituição religiosa que aceita deliberadamente este tipo de comportamento? Por último, como combater o nepotismo?
Segundo o Dicionário de Ciências Sociais - MEC, “O termo pode ter sido usado originalmente para descrever a distribuição de poder e principados pelo papa aos seus filhos naturais, eufemisticamente chamados sobrinhos, e a outros parentes.” Do que se percebe até aqui, foi a Igreja Católica Romana que através de pontífices ou papas deu início a essa sandice.
O artigo 2º, inciso III do Decreto 10.203 veda cargos de confiança a “familiar: o cônjuge, o companheiro ou o parente em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau.”
O artigo 2º, inciso III do Decreto 10.203 veda cargos de confiança a “familiar: o cônjuge, o companheiro ou o parente em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau.”
Em se tratando da Igreja do século XXI, muitos de seus líderes têm sido "fiéis" ao imitar a igreja romana em seus púlpitos, sobre este assunto. Não é difícil encontrarmos lideranças eclesiásticas que incluem diretamente por meio de indicação ou através de articulações diversas a participação de parentes na Diretoria Administrativa. Fazendo-se de desentendidos, misturam assuntos de ordem espiritual com os de ordem institucional, caudsando danos à Igreja. Sob a alegação de que estão fazendo “a vontade de Deus”, instituem sorrateiramente comportamentos antiéticos e incoerentes, como se isto fosse normal. Apenas a título de exemplo, uma das grandes denominações pentecostais no Brasil teve até recentemente marido e esposa como presidente e vice-presidente da referida instituição. Não muito diferente disso e não tão distante da nossa realidade enquanto servos de Deus, temos uma Convenção Geral Nacional em que o filho do presidente da mesma exerce função de influência em Órgãos constituídos e subordinados à referida Convenção. Logo, em se tratando de hierarquia, temos um exercício de função de chefia entre pai e filho na gestão de algo que não é de uso privado. Ao nos deslocar do contexto nacional para o estadual, em outra realidade ainda mais próxima, deparamo-nos com uma Convenção Estadual em que na sua Diretoria Executiva aparecem nos cargos mais elevados, dois irmãos ocupando funções de presidente e de segundo vice-presidente da mesma.
Entendemos que assim como para os setores seculares essa prática é inaceitável, ainda mais o deveria ser para o povo de Deus, especificamente aos líderes que deveriam agir de tal modo que pudéssemos imitá-los. Afinal de contas, fomos chamados e transformados por Cristo para sermos “Sal da terra e luz do mundo”. É impossível ser sal e luz do mundo se as nossas atitudes coadunam com os padrões mundanos.
Ainda que não haja uma clareza a respeito da ilegalidade do nepotismo, no mínimo é antiético e indecente. Existem coisas que não são ilegais do ponto de vista constitucional, mas são imorais. Biblicamente falando, quem isto faz contraria princípios divinos estabelecidos para o bom convívio social. Se amamos ao próximo como Jesus mandou, faremos todas as coisas fundamentados na decência, respeito e justiça assim como Eel fez. Notemos que o Senhor demonstrou ser amante da justiça sendo justo em tudo. Por isso, sua orientação aos discípulos "Dai a Cézar o que é de Cézar e a Deus o que é de Deus".
Jesus nos ensinou princípios morais inconfundíveis e insubstituíveis. Retidão, respeito, justiça, equidade (...) são adjetivos definidores do modelo de sociedade projetado por Ele desde a eternidade. Por isso, a Igreja enquanto comunidade constituída e amparada pelas Leis estabelecidas por Deus não pode de forma omissa aceitar este tipo de comportamento. Não há como combater os erros daqueles que consideramos pecadores se entre os que se chamam povo de Deus, as coisas estiverem acontecendo segundo o mesmo padrão.
Entendemos que assim como para os setores seculares essa prática é inaceitável, ainda mais o deveria ser para o povo de Deus, especificamente aos líderes que deveriam agir de tal modo que pudéssemos imitá-los. Afinal de contas, fomos chamados e transformados por Cristo para sermos “Sal da terra e luz do mundo”. É impossível ser sal e luz do mundo se as nossas atitudes coadunam com os padrões mundanos.
Ainda que não haja uma clareza a respeito da ilegalidade do nepotismo, no mínimo é antiético e indecente. Existem coisas que não são ilegais do ponto de vista constitucional, mas são imorais. Biblicamente falando, quem isto faz contraria princípios divinos estabelecidos para o bom convívio social. Se amamos ao próximo como Jesus mandou, faremos todas as coisas fundamentados na decência, respeito e justiça assim como Eel fez. Notemos que o Senhor demonstrou ser amante da justiça sendo justo em tudo. Por isso, sua orientação aos discípulos "Dai a Cézar o que é de Cézar e a Deus o que é de Deus".
Jesus nos ensinou princípios morais inconfundíveis e insubstituíveis. Retidão, respeito, justiça, equidade (...) são adjetivos definidores do modelo de sociedade projetado por Ele desde a eternidade. Por isso, a Igreja enquanto comunidade constituída e amparada pelas Leis estabelecidas por Deus não pode de forma omissa aceitar este tipo de comportamento. Não há como combater os erros daqueles que consideramos pecadores se entre os que se chamam povo de Deus, as coisas estiverem acontecendo segundo o mesmo padrão.
A sociedade civil organizada tenta combater o nepotismo através de denúncia formalizada ao Ministério Público e a imprensa. O movimento popular é de fundamental importância para expor e inibir ações nepotistas. Para isto, é preciso que o cidadão conheça seus direitos e deveres.
Entre os cristãos não tem que ser diferente. Além dos artigos constitucionais e Decretos que estão ao alcance de cada indivíduo que compõe esta nação, contamos ainda com a excelente e poderosa Palavra de Deus que é a nossa regra de fé e prática, infalível, inviolável e inegável que não compartilha de atitudes desonestas. Esta, por si só já é suficiente para nos colocar diretamente em rota de colisão contra qualquer ação que se configure como abusiva ou desrespeitosa.
A mensagem que pregamos não pode nem deve estar divorciada daquilo que fazemos ou pensamos, como se testemunhássemos para o mundo que a mensagem da cruz não fora suficientemente capaz de forjar o nosso caráter e lapidar a nossa personalidade. Logicamente podemos ser moldados por Deus, se permitirmos que o seu Espírito Santo habite em nós e de forma deliberada decidamos viver neste mundo como não sendo dele. Isto implica em sermos e agirmos totalmente antagônicos aos seus costumes.
Temos, da parte de Cristo a capacidade extraordinária e a obrigação/dever de sermos efetivamente aquilo que Ele quer que sejamos: sal, para temperar e e conservar o mundo potrefato em seus pecados e delitos. Luz, para resplandecer a imagem d'Ele refletida em nós, expondo ao mundo nossas ações mediante um caráter regenerado. Seu discurso sempre esteve em conformidade com seus feitos.
Sendo Jesus o norte da nossa vida e o centro do nosso ser, somos convocados a sermos seus imitadores em tudo o que fazemos.
Prossigamos então cumprindo a missão a nós imposta, conduzindo pessoas ao senhorio de Cristo, por meio de um viver ético e transparente - frutos da transformação feita por Ele em nós, mediante seu sacrifício vicário.
Disponível em: <http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/08/suspeito-de-nepotismo-casal-de-servidores-pede-exoneracao-do-tce.html>. Acesso em: 01/01/2016.
A mensagem que pregamos não pode nem deve estar divorciada daquilo que fazemos ou pensamos, como se testemunhássemos para o mundo que a mensagem da cruz não fora suficientemente capaz de forjar o nosso caráter e lapidar a nossa personalidade. Logicamente podemos ser moldados por Deus, se permitirmos que o seu Espírito Santo habite em nós e de forma deliberada decidamos viver neste mundo como não sendo dele. Isto implica em sermos e agirmos totalmente antagônicos aos seus costumes.
Temos, da parte de Cristo a capacidade extraordinária e a obrigação/dever de sermos efetivamente aquilo que Ele quer que sejamos: sal, para temperar e e conservar o mundo potrefato em seus pecados e delitos. Luz, para resplandecer a imagem d'Ele refletida em nós, expondo ao mundo nossas ações mediante um caráter regenerado. Seu discurso sempre esteve em conformidade com seus feitos.
Sendo Jesus o norte da nossa vida e o centro do nosso ser, somos convocados a sermos seus imitadores em tudo o que fazemos.
Prossigamos então cumprindo a missão a nós imposta, conduzindo pessoas ao senhorio de Cristo, por meio de um viver ético e transparente - frutos da transformação feita por Ele em nós, mediante seu sacrifício vicário.
Disponível em: <http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/08/suspeito-de-nepotismo-casal-de-servidores-pede-exoneracao-do-tce.html>. Acesso em: 01/01/2016.
Olá irmão Edilson!
ResponderExcluirBem completa e atual a sua exposição da situação à luz da prática eclesiástica comparada com as Escrituras. Infelizmente tais coisas acontecem, mas não podemos calar. Talvez, assim como Jeremias, sejamos chorões, mas do tipo que chama à reflexão e ao arrependimento aqueles pastores que só aprenderam a ser ouvidos e não a ouvir.
Que Deus o abençoe!