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sábado, 2 de junho de 2012

MISERICÓRDIA OU OMISSÃO?

Cumprindo a Lei judaica, JESUS absolve uma pecadora.



Por: Edilson Moraes



“E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.”    
(Jo 8.7)




Não é difícil encontrar quem atire pedras. O anseio de julgar geralmente fala mais alto que qualquer outra coisa. 

De acordo com os fariseus aquela mulher havia sido “apanhada em pleno ato de adultério”. Para aquele momento histórico não havia outra saída senão ser apedrejada até à morte. 

Era uma prática normal entre os judeus. Bastava o ato ser constatado por duas ou mais testemunhas. Os acusados deveriam ser julgados pelos sacerdotes e mediante a sentença de culpa, conduzidos para fora para apedrejamento público. 

Neste caso em particular, destaca-se o fato de que o adúltero não é apresentado juntamente com a mulher, como ordena o Código mosaico. 

Duas hipóteses pode ser levantadas: ou o machismo judaico falou mais alto a ponto de poupar o homem da morte, ou a situação fora criada apenas com o intuito de testar Jesus. Esse comportamento farisaico era frequente durante todo o seu ministério terreno. 

Jesus, ao ser questionado sobre o assunto, nada responde inicialmente e este silêncio incomoda a multidão ávida pelo derramamento de sangue. Tinha Ele algo mais importante para fazer. Estava escrevendo na areia. Cada um queria ser o primeiro a lançar a pedra naquela mulher, afinal, tinha que morrer por infringir a lei. 

De repente, talvez em meio aos brados ensurdecedores do tipo ela tem que morrer ou algo semelhante, o Senhor Jesus ergue a cabeça e faz o desafio que em questão de segundos deixou a todos daquela aglutinação, homens e mulheres sem resposta. “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.” Porventura estaria Ele sendo omisso em não cumprir a ordem de Moisés?

Todos os que queriam apedrejá-la reconheceram que também eram pecadores e, portanto não tinham moral para o fazer. 

Isto não implica dizer que devemos ser omissos com os erros cometidos pelos outros e por nós mesmos, mas sim sermos misericordiosos e termos o cuidado para não sentenciarmos nosso irmão, quando no fundo estamos também na mesma condição de réus. Jesus não veio ao mundo para condenar. Veio para sarar o mais vil pecador de suas mazelas.

Esta narrativa bíblica serve para que façamos um desafio pessoal. Que tal seguirmos o exemplo de Jesus e antes de tomarmos qualquer iniciativa acusatória, escrevermos um pouco na areia. 

Costuma-se aconselhar a contarmos até dez, antes de darmos uma resposta, para evitarmos a precipitação. Talvez este "escrever na areia" (grifo meu) seja o intervalo de tempo necessário para não agirmos pelos impulsos humanos e carnais. E mais: No lugar de gritar pelo apedrejamento, porque não dizer: "Também eu não te condeno. Vá e não peques mais." 

Portanto, JESUS não se omitiu em cumprir a Lei. Comprova com isso sua obediência a ela, justamente pelo fato de haver exercido o amor e a justiça.

A sentença "vá e não peques mais" dirigida àquela mulher implica dizer que CRISTO julgou com retidão, perdoou seus pecados até ali praticados, e, mediante a libertação, deu-lhe a condição de não mais cometer os mesmos erros. Ela foi salva. Tornou-se discípula do Senhor. 

Vemos com isso que JESUS aborrece o pecado, mas ama o pecador. Viver no pecado é ser escravo dele e isso leva à morte. A libertação só é possível por meio de JESUS, que para este fim morreu e ressuscitou. 


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