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terça-feira, 1 de maio de 2012

CRIACIONISMO ou EVOLUCIONISMO?

Questões que estão além da "ciência" e "religião".




Por: Edilson Moraes







As ideias revolucionárias do naturalista inglês, que nasceu há 200 anos, são os pilares da biologia genética e estão presentes em muitas áreas da ciência moderna. O mistério é por que tanta gente reluta em aceitar que o homem é o resultado da evolução (Veja - fev 2009). 

Darwin chocou a Igreja e a sociedade de sua época ao propor que diferentemente do que pensava a maioria das pessoas comuns e os cientistas criacionistas, a origem das espécies se dava por intermédio de “... um processo invariavelmente longo, através das eras” (Veja fev/2009 – p. 82). 

Ao ser pressionado a respeito de sua teoria, chegou a afirmar que se alguém apontasse um único ser vivo que não tivesse um ascendente, sua tese poderia ser jogada no lixo.

Aos 22 anos de idade Darwin embarcou num veleiro chamado Beagle, da Marinha Inglesa, numa viagem que duraria cinco anos. A principal missão dos viajantes, sendo o naturalista oficial da equipe o cirurgião Robert McCormick, era mapear a costa da América do Sul. Iniciaram os trabalhos de pesquisa nas Ilhas Galápagos em 26 de setembro de 1835. 


O jovem cientista percebeu que havia entre os tentilhões uma grande variedade de bicos. Isto lhe chamou a atenção por perceber que a ocorrência se devia aos diferentes tipos de alimento ingeridos pelos pássaros e que ao estudar as aves pelo tipo do bico, poderia descobrir o seu local de origem. Apartir dessa observação, surgem os pilares do evolucionismo.


OS PILARES DO DARWINISMO



Vejamos os pontos defendidos pelo evolucionismo:

1. A evolução dos seres vivos. O mundo, segundo Darwin, não teve um criador, nem é imutável. Os organismos estão em um lento e constante processo de mutação.

2. O ancestral comum. Cada grupo de organismo descende de um ancestral comum. Todos os grupos, incluindo animais, plantas e microorganismos, remetem a uma única origem da vida na terra – a ameba original.

3. A multiplicação das espécies. As espécies tendem a se diferenciar, criando novas espécies. O isolamento geográfico de determinada população, por exemplo, resulta ao longo do tempo no surgimento de nova espécie.

4. O gradualismo. As populações se diferenciam gradualmente, de geração em geração, até que as espécies que seguiram por um “galho” da árvore da vida não mais pertençam à mesma espécie do “tronco” e de outros “galhos”.

5. A seleção natural. Os seres vivos sofrem mutações genéticas e podem passá-las a seus descendentes. Cada nova geração tem sua herança genética posta à prova pelas condições ambientais em que vivem.

O QUE DIZEM OS CIENTISTAS CRIACIONISTAS
                                                  
 “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”

Para os defensores do criacionismo, todas as coisas visíveis e invisíveis de que o homem tenha conhecimento hoje, são oriundas das ações divinas. Tendo como suporte as declarações bíblicas, repassadas de geração a geração, por homens como Moisés, Abraão, os reis Davi, Salomão, os apóstolos Paulo, Pedro e muitos outros que só não serão citados neste simples trabalho para não se tornar uma obra repetitiva, reconhecendo que todos os demais escritores bíblicos concebem a mesma ideia sobre a criação. 

Segundo os autores canônicos (1) Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno, auto-existente e como a causa primária de tudo o que existe. Nunca houve um momento em que Deus não existisse. Conforme afirma Moisés: ‘Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim de eternidade a eternidade, tu és Deus’ (Salmos 90.2). 

Noutras palavras, Deus existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito. Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está acima e independe dela (1 Tim. 6.16; Col. 1.16). 

(2) Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva à sua imagem (Gên. 1.26,27). 


(3) ‘Deus criou todas as coisas em os céus e a terra’ (Gên. 1.1; Is. 40.28; 42.5; 45.18; Mar. 13.19; Ef. 3.9). O verbo ‘criar’ (hb. Bara) é usado exclusivamente para uma atividade que somente Deus pode realizar. Significa que, num momento específico, Deus criou a matéria e a substância, que antes nunca existiram. 


(4) A Bíblia diz que no princípio da criação a terra estava informe, vazia e coberta de trevas. Naquele tempo o universo não tinha a forma ordenada que tem agora. O mundo estava vazio, sem nenhum ser vivente e destituído do mínimo vestígio de luz. Passada essa etapa inicial, Deus criou a luz para dissipar as trevas, deu forma ao universo e encheu a terra de seres viventes. 


(5) O método que Deus usou na criação foi o poder da sua palavra. Repetidas vezes está declarado: ‘E disse Deus (...)’. Noutras palavras, Deus falou e os céus e aterra passaram a existir. Antes da palavra criadora de Deus, eles não existiam. 


(6) Toda a Trindade, e não apenas o Pai, desempenhou sua parte na criação. (a) O próprio Filho é a palavra (‘Verbo’) poderosa, através de quem Deus criou todas as coisas. No prólogo do Evangelho segundo João, Cristo é revelado como a eterna Palavra de Deus (1.1). ‘Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez (J.o 1.3). Semelhantemente, o apóstolo Paulo afirma que por Cristo ‘foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis... tudo foi criado por Ele e para Ele (Col. 1.16). Finalmente, o autor de Hebreus afirma enfaticamente que Deus fez o universo por meio de seu Filho (Heb. 1.2). (b) Semelhantemente, o Espírito Santo desempenhou um papel ativo na obra da criação. Ele é descrito como ‘pairando’ (‘se movia’) sobre a criação preservando-a e preparando-a para as atividades criadoras adicionais de Deus. 


A palavra hebraica traduzida por ‘espírito’ (ruah) também pode ser traduzida por ‘vento’ e’ fôlego’. Por isso, o salmista testifica do papel do Espírito ao declarar: ‘Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito (ruah) da sua boca’ (BEP, p.31). 

Segundo a descrição bíblica do texto em análise, no princípio da criação a terra era informe, vazia e coberta de trevas. Naquele tempo o universo não tinha a forma ordenada do modo como hoje a temos. Para que houvesse o surgimento das coisas Deus usou o poder da sua palavra, ou seja, não necessitou de nenhuma existência anterior a Ele próprio para a concretização da criação. 


“Deus falou e os céus e a terra passaram a existir” (Pearlman). Para aqueles que defendem a teoria criacionista, pensamento segundo o qual tudo foi criado por Deus, cada criatura foi feita segundo a sua “espécie”. “Ele criou as várias espécies e então as deixou para que se desenvolvessem e progredissem segundo as leis estabelecidas por Ele mesmo. A distinção entre o homem e as criaturas inferiores encontra-se implícita na declaração de que “Deus o criou segundo a sua imagem” (Pearlman, p. 69).

Além das citações dos autores da Bíblia, encontramos ainda pensadores que defendem as teses da criação divina. São intelectuais de diferentes épocas que se propuseram a apresentar seus ideais e que de alguma forma conseguiram chamar a atenção da sua geração.


William J. Tinkle - Ph. D. e professor emérito de Biologia no Anderson College, Indiana, U.S.A. “Reconhece-se que a prova ou a rejeição da evolução está a cargo dos geneticistas e geologistas. Os desenvolvimentos na Geologia foram desapontadores para os evolucionistas, no sentido de não terem sido preenchidos os vazios existentes entre as categorias de fósseis. Da mesma maneira que nos seres vivos, não se descobriram formas fósseis vegetais ou animais para preencher os vazios existentes entre as ordens, classes e fila. Igualmente, após muita paciente pesquisa, não foram descobertos fósseis inquestionáveis abaixo das rochas do Cambriano. Esses resultados negativos tornam mais fácil volver ao relato bíblico de uma criação geral no início”.

James Ussher (1581 – 1656). Este bispo irlandês conseguiu fazer a soma da idade dos profetas e o resultado deste cálculo foi determinado como o dia da criação do mundo que antecedeu o dia 23 de outubro de 4004 a.C., que corresponde a um domingo, no calendário Juliano. 


Fez o mesmo procedimento para calcular o dia da expulsão do casal, do Jardim do Éden (segunda-feira, 10 de novembro de 4004 a.C.) e a data em que a Arca de Noé ficou encalhada no Monte Ararat após as águas do dilúvio baixarem (quarta-feira, cinco de maio de 2348 a.C.)

Willian Paley (1581 – 1805). O teólogo inglês sustentou que há elementos tão perfeitos na natureza que só podem ser obra divina. Paley dizia que assim como o relógio de pulso foi resultado do intelecto humano, o olho só pode ter sido criado por um designer inteligente.


Georges Cuvier (1769 – 1832). Pioneiro da paleontologia moderna, o naturalista francês identificou espécies de dinossauro fósseis, mas atribui sua extinção ao fato de não terem conseguido embarcar na Arca de Noé.

Samuel Wilberfe (1805 – 1873). O bispo de Oxford polemizou com Charles Darwin, a quem acusou de bestializar a humanidade ao defender um ancestral comum ao homem e ao macaco.

Charles Hodge (1797 – 1878). O teólogo americano via o darwinismo e o ateísmo como sinônimos. Ele defendia a infalibilidade da Bíblia e fez campanha contra o ensino da teoria da evolução.

Willian Jennings Bryan (1860 – 1925). Advogado e político americano foi o promotor no caso no julgamento de um professor que desafiou a proibição do ensino do darwinismo em escolas públicas. O caso ficou conhecido como o “julgamento do macaco”.

Henry Morris (1918 – 2006). O engenheiro americano fundou a mais influente organização de cientistas cristãos contrários ao darwinismo – o instituto para estudos da criação – ponto de referência do criacionismo nos Estados Unidos e no mundo.


Philip Johnson (1940). O advogado americano sustenta que só um “designer inteligente” – isto é, Deus – pode explicar as “criaturas incríveis” da natureza.

A primeira década do século vinte foi um tempo de grande progresso em genética e citologia. Grande número de cientistas pode perceber claramente que a sua ciência apontava para o oposto da evolução embora a maioria deles hesitasse em romper abertamente com os demais.

Alfred Russel Wallace, íntimo amigo e colaborador de Darwin, disse:  "A respeito da relação geral entre o Mendelismo e a evolução, cheguei a uma conclusão bastante definida. É que ele é realmente antagônico à evolução."

Esta declaração de Walllace é sem sombra de dúvidas uma comprovação de que os experimentos de Gregor Mendel, que era cientista biologista apresentavam discrepâncias nos relatos a respeito da origem de Darwin, em seu livro A origem das espécies.

William Bateson (1861 - 1926) declarou numa reunião da Associação Americana para o Progresso da Ciência em Toronto:


"É impossível para os cientistas concordar por mais tempo com a teoria de Darwin da origem das espécies. Após quarenta anos nenhuma explicação nem evidência alguma foram descobertas para comprovar a sua origem das espécies(...) Não mais sentimos, como anteriormente, que o processo de variação, ocorrendo agora contemporaneamente, é o início de um trabalho que necessita meramente do elemento tempo para a sua efetivação; pois mesmo o tempo não pode completar aquilo que ainda não se iniciou".


Realmente, a declaração anterior daquele grande e honesto geneticista em 21 de dezembro de 1921, juntamente com outras declarações semelhantes, deu um grande impulso ao movimento criacionista na América. A década de 1920 - 1930 foi uma época de protesto ruidoso e marcante dos cidadãos comuns contra a evolução.

Foi algo semelhante ao atual movimento, embora com diferentes porta-vozes. Os líderes eram na maior parte ministros evangélicos não muito aprofundados em Teologia. Faziam bem em dar crédito completamente à Bíblia, mas ao criticar a evolução desfaziam também da Ciência. Um slogan comum era "É melhor conhecer a Rocha dos Séculos do que os séculos das rochas". 


Atualmente os porta-vozes do criacionismo, muitos dos quais são cientistas, dão o devido crédito aos cuidadosos estudos dos cientistas, mas enfatizam a real dissociação entre a Ciência e a evolução, chamando esta última de filosofia natural.

Neste período de grandes debates e protestos contra o evolucionismo, surgem dois líderes proeminentes daquela década: William Jennings Bryan e George McCready Price. O primeiro era muito culto, embora não no campo da ciência, tendo sido designado por três vezes para a Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrático, e servido como Secretário de Estado do Presidente Woodrow Wilson. 


Como orador, raramente foi igualado. Nasceu no Canadá, era muito instruído em línguas e filosofia, e ensinou em várias faculdades. No decorrer de sua longa vida estudou história da ciência e relatórios de explorações geológicas, escreveu um bom número de livros e contribuiu bastante para o movimento criacionista. 

Embora acusado de não pertencer a nenhuma sociedade científica, era membro da Associação Americana para o Progresso da Ciência e da Academia de Ciências da Califórnia. Price foi duramente criticado, do mesmo modo que qualquer pessoa que descobrisse defeitos numa "vaca sagrada".

CONTRADIÇÕES BÁSICAS

A evolução, doutrina de que a vida surgiu por acaso, tornando-se mais complexa pela ação de forças materiais, não é ciência, mas sim um tipo de filosofia natural. A ciência consiste de fatos, mas a filosofia natural persiste apesar da ausência desses, afirmando que o homem é o resultado da evolução. 

O homem que se opôs aos sábios e teólogos e alterou o ponto de vista da maioria a respeito do universo aliviando a sua responsabilidade para com Deus, tornou-se, e ainda é, um herói. Esse herói do século dezenove foi Charles Darwin. Ainda no presente os erros de Darwin são esquecidos e as suas escassas idéias sobre Genética são elogiadas.

1. De acordo com o escritor e Teólogo Charles Colson, em sua obra O Cristão na Cultura de Hoje,

"[...] o naturalismo científico é incoerente e se contradiz, pois os cientistas devem isentar a si mesmos da mesma estrutura que eles prescrevem a todos os demais. Todos os seres humanos são reduzidos a mecanismos que operam por causas naturais - exceto os mesmos cientistas. Por quê? Porque para realizar seus experimentos, eles devem supor que eles, pelo menos, são capazes de transcender a rede de causas materiais, capazes de um pensamento racional, de ter uma deliberação livre, de formular teorias, de reconhecer a verdade objetiva. Eles mesmos devem formar a única exceção evidente da sua própria teoria. 


Esta é a auto contradição fatal do naturalismo. O naturalismo supõe que tudo o que existe pode ser explicado em termos de forças naturais. Ora, pois, se uma ideia é o resultado de choques em nosso cérebro, então a própria teoria naturalista não deve ser aceita como verdadeira ou falsa, mas apenas como um fenômeno da natureza, daí a incoerência. Deste modo, deixa de ser um pensamento racional, perdendo toda a sua credibilidade. De acordo com Lewis “Para pensar, nós precisamos reivindicar para o nosso raciocínio uma validação que não é digna de crédito se o nosso próprio pensamento for meramente uma função do nosso cérebro, e o nosso cérebro um subproduto de processos físicos irracionais.” (Charles Colson).

2. A ciência é definida como “conhecimentos comprovados”. Darwin formulou uma das teorias mais propagadas que se tem conhecimento hoje que é o evolucionismo. Todavia, diversos cientistas afirmam categoricamente que tal teoria não é digna de aceitação justamente pela falta de comprovação científica.

O Dr. Coppens, por exemplo, afirma que “embora os cientistas hajam trabalhado anos pesquisando a terra, os mares, examinando os restos de fósseis de um sem números de espécies de plantas e animais, e tenham aplicado todo o gênio inventivo do homem para obter e perpetuar novas raças e variedades, nunca conseguiram exibir uma prova decisiva de que a transformação das espécies, pelo menos uma vez, tenha sucedido. Os animais de hoje são como os que se vêem desenhados nas pirâmides ou mumificados nos túmulos do Egito. São iguais àqueles que deixaram sua forma fóssil nas rochas. Muitas espécies já foram extintas, outras foram achadas das quais não se descobriu nenhum espécimem muito antigo; mas não se pode provar que qualquer espécie tenha evoluído de outra”.

Nathan G. Moore um advogado pesquisador fez um paralelo entre a necessidade das evidências para que se possa considerar um fato falso ou verdadeiro e chegou à seguinte conclusão: “A teoria da evolução não explica, nem ajuda a explicar, a origem do homem; nem apresenta provas de que o homem tivesse evoluído de uma forma inferior, mesmo fisicamente. Essa teoria nem sequer sugere um método pelo qual o homem tenha adquirido essas qualidades mais elevadas que o distinguem das outras formas de vida.”

3. Quando se trata de teoria, entende-se que se refere a algo em processo de estudo. A idéia que vem à mente remete a determinado assunto que ainda serve de objeto de pesquisa, necessitando, portanto, de maiores comprovações técnicas para que seja aceito como o resultado de uma busca científica. O que é questionável tem a ver com a veiculação de uma informação cuja aceitação não é unânime sequer entre os próprios cientistas, que encontram ainda hoje perguntas sem respostas. Estão faltando peças para a montagem do quebra-cabeça da evolução.

4. No decorrer de todo o século XX, os evolucionistas têm declarado que nenhum cientista acredita na criação divina, mas essa acusação não é verdade. Henri Fabre (1825-1915), entomologista francês, falou muito claramente contra a evolução. Era ele muito instruído, mas preferia viver de maneira simples, dedicando-se às suas pesquisas e publicações. Esse interessante escritor destacou a importância do planejamento inteligente nos seres vivos, observando que uma adaptação deveria realizar-se completamente e ser capaz de funcionar bem desde o início, ao invés de realizar-se gradualmente.

5. Outro biologista, bastante notável foi Wilhelm Johannsen, da Dinamarca. (1857-1927). Embora seja difícil de saber quais as suas crenças, as suas descobertas permitiram vislumbrar os limites da seleção. Johannsen descobriu que, como era de esperar, feijões grandes produziam feijões grandes. Porém, aprofundando sua pesquisa, plantando separadamente feijões grandes e pequenos descendentes da mesma planta, não havia diferença significativa no tamanho do produto. 


A seleção, método proposto por Darwin para explicação da suposta alteração evolutiva, não se mostrava eficaz. Essas experiências, feitas em torno de 1909, foram repetidas por outros pesquisadores com outras espécies, levando aos mesmos resultados. Como eu havia sido levado a crer, pelos meus estudos, que quanto mais intensa a seleção, maior o melhoramento, tais resultados me deixaram bastante surpreso. Johannsen mostrou que a seleção simplesmente classifica os genes, tornando-se ineficaz quando os genes são todos iguais, mesmo que existam diferenças devidas ao ambiente.

6. James D. Watson e F. H. C. Crick, com o seu trabalho que mostrou a grande complexidade do gene, bem como que a herança a ser transmitida depende de um código, tornaram difícil acreditar na evolução ao acaso. Esse código assemelha-se a uma palavra, e a sua formação se dá pela ação de unidades de átomos, da mesma maneira que uma palavra é formada por uma seqüência apropriada de letras. É digno de nota que códigos nunca se formaram sem o auxílio de uma inteligência.

7. Reconhece-se que a prova ou a rejeição da evolução está a cargo dos geneticistas e geologistas. Os desenvolvimentos na Geologia foram desapontadores para os evolucionistas, no sentido de não terem sido preenchidos os vazios existentes entre as categorias de fósseis. Da mesma maneira que nos seres vivos, não se descobriram formas fósseis vegetais ou animais para preencher os vazios existentes entre as ordens, classes e fila. Igualmente, após muita paciente pesquisa, não foram descobertos fósseis inquestionáveis abaixo das rochas do Cambriano. Esses resultados negativos tornam mais fácil volver ao relato bíblico de uma criação geral no início.

O ENSINO EVOLUCIONISTA NAS ESCOLAS

Desde as séries iniciais às avançadas do ensino público e privado, apenas uma bordagem – a teoria da evolução é apresentada pelos livros didáticos aos discentes. E isto acontece da maneira mais natural possível, como se não houvesse nenhuma outra possibilidade de discussão sobre o assunto. 

É como se a ciência já houvesse batido o martelo a respeito do tema origem das coisas e, portanto, não há mais o que questionar. Aquelas inquietações que agitaram os séculos XVIII e XIX cessaram. As argumentações criacionistas sequer são citadas nos textos didáticos de modo a permitir que os estudantes tenham a oportunidade de debater, refletir e se posicionar ativamente sobre ambas as teorias, inclusive tendo o direito de escolher em qual delas acreditar.

Trata-se na menor das hipóteses de uma imposição velada e muito bem orquestrada pelos naturalistas, que usa como instrumento de veiculação exatamente o único espaço dito "Democrático" e "social" que é a sala de aula para solidificar nas mentes incautas as informações atrapalhadas de Darwin e seus seguidores com o pretexto de que se trata de ciência comprovada por métodos confiáveis.


Uma criança ainda em processo de formação que esteja sendo bombardeada diariamente com a informação de que tudo se originou por meio de um processo evolutivo, dificilmente irá dar espaço para outra orientação, principalmente se os pais forem leigos no assunto e não conseguirem desempenhar o papel de mediadores entre escola e família. Desse modo, A escola não estaria influenciando para que esta criança pense apenas em uma direção? 

Observando as discrepâncias entre as pretensões dos evolucionistas e os fatos científicos estabelecidos, os modernos cientistas, bem como não cientistas criacionistas, juntaram-se para tornar público seus pontos de vista. Atualmente muitas organizações existem, das quais algumas poucas serão mencionadas a seguir:

O Movimento de Protesto contra a Evolução (Evolution Protest Movement) fundado na Inglaterra em 1932 foi a primeira organização, e contou com diversos bons cientistas como dirigentes e membros. Um deles foi Douglas Dewar, notável ornitologista que viveu muito tempo na Índia. Essa organização tem permanecido fiel ao seu propósito original.

A Comunhão Científica Americana (American Scientific Affiliation) formou-se em 1941 mediante o convite feito por um cidadão a cinco cientistas para reunirem-se a suas expensas. Esses cinco cientistas constituíram o primeiro Conselho de Diretores, e muitos criacionistas com bagagem científica tornaram-se membros.


 Após alguns anos a declaração de fé foi tornada mais liberal para atrair mais membros, e a carga contra a evolução foi diminuída. Os assuntos escolhidos para discussão a partir de então constituíram os atuais objetivos da sociedade.


 A Liga de Evidência Cristã (Christian Evidence League) de Malverne, Nova York, surgiu em 1946 após a dissolução da Associação Religião e Ciência (Religion and Science Association) devido a desacordo surgido entre os membros quanto à existência de um possível intervalo entre o relato de Gênesis 1:1 e 1:2. A Liga publica "O Criacionista", que cobre tópicos mais amplos do que meramente os referentes à criação e à evolução.


Após vários anos, o apoio ao criacionismo parecia diminuir. Mais ou menos em 1960 escrevi ao Dr. Walter Lammerts perguntando-lhe se não poderíamos fazer algo para aumentar o volume de contribuições científicas a favor da causa. Respondeu-me então: "Dê-me dez homens de ação e faremos mais do que todos os outros estão fazendo no momento". 


Minha resposta foi que poderíamos achar esses homens; assim, escrevi para oito pessoas e estabelecemos o "grupo dos dez". Começamos a publicar auxiliando-nos mutuamente, até que o Dr. Lammerts vislumbrou a possibilidade de uma organização de maior porte. Em 1963, em uma convenção conjunta da American Scientific Affiliation e da Evangelical Theological Society (Sociedade Teológica Evangélica) realizada em Wilmore, no Estado de Kentucky, um grupo de pessoas interessadas colaborou na redação preliminar da Declaração de Princípios de uma nova organização, a Sociedade de Pesquisas Criacionistas (Creation Research Society). O crescimento da Sociedade tem sido muito maior do que esperávamos, e até agora não achamos necessário alterar a Declaração de Princípios.

A Associação Bíblia-Ciência (Bible-Science Association), com sede em Caldwell, Estado de Idaho, foi formada em 1963. Essa organização publica um boletim informativo e financia a venda de uma grande variedade de literatura criacionista. Financiou também uma reunião durante quatro dias com a participação de todos os grupos criacionistas dos Estados Unidos, em Milwaukee, Estado de Wisconsin, de 10 a 13 de outubro de 1972, com boa participação, estabelecendo um marco de progresso.Concluindo, consideremos as características singulares da presente década - 1963 a 1973. 


A discussão mantida há cem anos entre criação e evolução centralizava-se no desacordo existente entre cientistas e religionistas. Porém, como certo jornalista bem destacou, a discussão atual é entre dois grupos de cientistas. Embora na década de 1920 tivessem sido escassos nas instituições educacionais os porta-vozes do criacionismo, existem hoje centenas deles.

Embora as atuais organizações criacionistas tenham o endosso de muitos teólogos, os criacionistas eminentes de hoje são cientistas. Muitos deles são moços e moças que descobriram por si só os erros do evolucionismo e perceberam que a criação divina do Universo é um ponto de vista mais defensável.


Em oposição à criação especial, surgiu a teoria da evolução que ensina que todas as formas de vida tiveram sua origem numa só forma e que as espécies mais elevadas surgiram de uma forma inferior. Por exemplo, o que outrora era caramujo transformou-se em peixe. O que era peixe chegou a ser réptil; o que outrora era réptil torno-se pássaro e o que era macaco evoluiu e tornou-se ser humano ( Pearlman, 1996, p. 69 ).

Como já foi tratado anteriormente, os criacionistas não encontram respaldo suficiente capaz de convencer, metodicamente que os seres vivos tenham de fato passado por tal transformação, até porque a ciência não deve se apoiar em fatos contraditórios, como demonstrado neste trabalho.


David Hume, um filósofo escocês do século XVIII e crítico do cristianismo, expôs o programa real da linguagem científica em prosa dramática. Ele recomendou que as prateleiras das bibliotecas fossem limpas de qualquer livro que tratasse de religião, ética, metafísica _ qualquer coisa que não pudesse ser reduzida a fatos empíricos.

Para este filósofo, todo o material que não falasse de matemática ou de fatos da experiência humana, ou seja, a ciência deveria ser lançado às chamas. Assim como Hume, hoje existem intelectuais que acreditam que a ciência experimental é a resposta final para as questões relacionadas à vida. 


Em outras palavras, o homem e o universo não necessitam de regras ou limites. Que as coisas surgiram e se mantém assim, ao acaso. Sendo assim, tudo o que existe não precisou de uma mente divinamente superior para estabelecer critérios e normas para o seu pleno funcionamento em harmonia com as demais coisas criadas. 

A maneira como o evolucionismo é ensinado nas escolas é preocupante devido o mesmo ser citado como algo que representa a resposta concreta e que como tal, é inquestionável em suas argumentações. 

O que seus adeptos querem, na verdade, é fazer com que as pessoas creiam a todo custo em uma filosofia científica cheia de controvérsias e brechas a serem analisadas e que se forem estudadas com o mínimo de senso crítico certamente se perceberá que é apenas mais um pretexto egoísta para contrapor aqueles que pensam diferente. 

A teoria da evolução das espécies, de Charles Darwin, foi retirada do currículo das escolas de Kansas dos EUA. A iniciativa foi tomada por dez membros da comissão estadual de educação, que defendem a origem do homem e do cosmo nos moldes bíblicos descrita no livro de Gênesis. Eles aproveitaram também para reduzir o espaço dado à teoria do Big Bang, segundo a qual o Universo surgiu há 15 milhões de anos. De fato, 40% dos americanos - e um em cada quatro universitários - acreditam que Deus criou a Terra, as plantas, os animais e Adão à sua imagem e semelhança, e fez tudo isso há menos de dez mil anos. A decisão, entretanto, não proíbe os professores de ciências de ensinar a teoria do evolucionismo, a qual afirma que nossa espécie é só uma entre 30 milhões de outras, todas descendentes do primeiro organismo que surgiu há quatro milhões de anos.


A educação oficial executada na rede de ensino público e particular é totalmente influenciada pelo materialismo e pelo ateísmo. É nas escolas onde se encontra o maior perigo para a formação espiritual e moral dos adolescentes e jovens cristãos. 

Se não estudarem em escolas que incluam em seu currículo princípios cristãos com abordagens relacionadas aos valores morais fundamentais para a manutenção da sociedade, sem dúvida estarão expostos a toda a sorte de ensinos materialistas, desde a “teoria da evolução” até a afirmação de que os ensinos cristãos não passam de fábulas, lendas e idéias retrógradas de fanáticos religiosos fundamentalistas. 

Enquanto cristãos que somos, precisamos reagir a esta situação! Afinal de contas, de tudo o que até aqui foi exposto, especialmente no parágrafo anterior, estamos testemunhando o que se pode chamar de DITADURA IDEOLÓGICA instituída. 


Qual o interesse dos livros didáticos das escolas públicas brasileiras em não permitir que as duas linhas de pensamento sejam abordadas nas salas de aula? Que critérios são utilizados para se definir que a linha de pensamento evolucionista é a correta em detrimento da linha criacionista, tendo em vista que como já mencionado, ambas são tratadas como teorias?   

Neste momento em que o mundo globalizado pulveriza a ideia da liberdade de expressão e a defesa da democracia; neste momento em que a informação chega às pessoas cada vez mais em tempo real, é válido um repensar a respeito da arbitrariedade em torno da exposição deste tema. 

O que se faz necessário sobretudo, é o respeito aos opostos. Saber quem está certo ou errado, no momento talvez não seja tão relevante quanto a busca da valorização do debate, das exposições de pensamentos, mesmo que estes, num primeiro instante cause-nos espanto.

Acreditamos seriamente que talvez seja esta uma das formas mais significativas de mostrarmos que efetivamente evoluímos. A evolução biológica nos termos defendidos pelos evolucionistas nada poderia acrescentar à humanidade, se esta estiver dissociada da evolução dos sujeitos em suas subjetividades, sua capacidade de pensar criticamente, seu agir político e sua reflexão autônoma. 


Entendemos que o atual modelo de abordagem feita pelos setores educacionais brasileiros sobre este tema, são uma forma de castração instituída pelos próprios órgãos de educação com a finalidade de cercear e amordaçar as outras formas de manifestação do pensamento.        



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REFERÊNCIAS:

COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. O cristão na cultura de hoje. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD 2006.


Bíblia de Estudo Pentecostal. 4. ed. Rio de janeiro: CPAD 1997.

Um comentário:

  1. https://www.sciencemag.org/news/2019/01/genetic-data-half-million-brits-reveal-ongoing-evolution-and-neanderthal-legacy

    Mas há alguns anos, Kelso e seus colegas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, Alemanha, recorreram a uma nova ferramenta - o Reino Unido BioBank (UKB), um grande banco de dados que contém registros genéticos e de saúde de meio milhão de britânicos. voluntários. Os pesquisadores analisaram dados de 112.338 desses britânicos - o suficiente para que "pudéssemos realmente olhar e dizer:" Nós vemos uma versão neandertal do gene e podemos medir seu efeito no fenótipo em muitas pessoas - com que frequência elas se queimam, que cor o cabelo é, e que cor são os seus olhos ", diz Kelso. Eles descobriram variantes neandertais que aumentam as chances de que uma pessoa fuma, é uma pessoa à noite, em vez de uma pessoa matinal, e é propensa a queimaduras solares e depressão.

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