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sábado, 31 de janeiro de 2015

NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR EM VÃO





Por: Edilson Moraes





Francisco Barbosa, descreve a fala de Russel Champlin como segue: “Acima de todos os outros povos, os hebreus respeitavam e temiam a Deus. Por essa razão, não usavam o nome de Deus frivolamente. Eles pronunciavam os nomes de Deus com alterações que lhes permitiam não terem de verbalizar os sons exatos desses nomes. Os escribas registravam os nomes de Deus lavando frequentemente as mãos.
Um dos mandamentos mosaicos, o terceiro, proibia o uso frívolo do nome divino (Êx 20.7). Sabemos que as culturas antigas acreditavam no poder espiritual dos nomes. Saber qual o nome de uma divindade, ou de um demônio, supostamente dava à pessoa certo poder sobre essa divindade ou demônio, em momentos de necessidade. 

No caso dos demônios, o conhecimento dos nomes deles poderia ser um meio de expeli-los. Esses fatos demonstram o respeito que algumas pessoas tinham pelos nomes, e talvez esse fosse um dos motivos pelo extremo respeito que os judeus tinham pelo nome divino. 

No judaísmo posterior, encontramos o uso espiritual de nomes; mas não temos evidências a esse respeito quanto à primitiva cultura judaica, embora isso deva ter existido em algum grau e de alguma maneira” [3].

Segundo a BEP, “Uma nova experiência com Deus, muitas vezes, requeria um novo nome para a pessoa, simbolizando aquele novo relacionamento”  (Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 56). Percebemos, nos textos em que houve a ocorrência desse fato que esta seria uma das formas de marcar, para sempre um acontecimento de proporções elevadas, como os casos de Abrão e Sarai e Jacó. 

Notemos que os dois últimos figuram entre os tão conceituados ‘patriarcas’. “(...) não mais serás chamado Abrão, mas Abraão será o teu nome; pois por pai de muitas nações te hei posto”. Treze anos após o nascimento de Ismael, com a concubina Agar, Deus ratifica seu concerto com seu servo, mudando-lhe o nome de Abrão ‘pai elevado’ para Abraão ‘pai de uma multidão’ (Gn 17.5). “Disse Deus a Abraão: Quanto a Sarai, tua, mulher, não lhe chamarás mais Sarai, porem Sara será o seu nome (Gn 17.15)”.  

O nome ‘Sara’ é uma representação da sua posição, agora na condição de mãe das nações. A mãe do povo que Deus escolhera para ser seu porta-voz na terra. “Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido”. 

Com um nome que não inspirava confiança, em razão de sugerir significar aquele defrauda ou defraudador astucioso, ao encontra-se com o Senhor no vale de Jaboque e tendo durante a madrugada lutado “com um varão”, teve seu nome mudado para Israel, ‘aquele que luta com Deus (Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 84).     

O NOME DIVINO


O nome. Em sua abordagem a respeito desse assunto, o blogueiro Francisco Barbosa trás à tona uma citação da Enciclopédia da Bíblia a qual afirma que “A simpatia de Israel por nomes refletia a atitude geral para com a nomenclatura que era comum aos povos antigos. Com eles o nome de uma pessoa não era apenas uma designação de uma relação familiar — não uma simples posse — mas algo distintivamente pessoal”. 

[2] Tendo como exemplo a relação citada e comentada anteriormente (Abraão, Sara e Israel) e confrontando com a informação trazida via Enciclopédia da Bíblia na citação acima, o que se pode de fato deduzir é que o povo hebreu leva mesmo a sério essa questão de nome. Para eles, a nomenclatura do indivíduo aponta para seu caráter e personalidade. 

Nomes genéricos. El (Nm 23.8), Eloah (Dt 32.15) - no singular ou Elohim - plural (Gn 1.1) “Deus”. A respeito do nome genérico o pesquisador ANDRADE (1996, p. 111), esclarece que “EL – [do hb. Deus] Nome básico de Deus, que entra na composição de muitas nomenclaturas que identificam o Todo – poderoso. Era um dos sufixos prediletos dos nomes hebreus: Samuel, Nemuel, Jemuel etc”.

Expandindo ainda mais o leque a respeito do entendimento do termo em análise, visitemos PFEIFFER, (2010, p. 543),  que por sua vez nos trás que “A palavra hebraica ‘El’, que tem formas cognatas em outras línguas semitas, significa ‘aquele que é forte’, um ser ou líder poderoso, um Deus no sentido mais amplo, seja verdadeiro ou falso”. Como theos, Deus é a palavra genérica para divindade. A forma plural ‘elim’ em muitos contextos deve ser traduzida como ‘deuses’”. 

Neste sentido, o Deus verdadeiro se revela como aquele que realmente tem poder nos céus e na terra, conforme testificado por Cristo, quando de sua ressurreição. Sendo a onipotência um dos seus atributos, compete única e exclusivamente ao Senhor, a prerrogativa de ser o dominador da natureza e dos povos. 

Foi por intermédio da manifestação deste poder sobrenatural, o qual está infinitamente além dos deuses pagãos e da força humana, que a nação israelita escapou das cadeias de Faraó e experimentou acontecimentos indizíveis e inimagináveis no deserto, tal qual outro jamais ou verá.          

Para ANDRADE(1999), o nome Elohim, que significa “Deus’ em hebraico, é forma bastante comum entre os hebreus primitivos se referirem ao Todo-poderoso. De igual modo, segundo o autor, o mesmo termo também poderia significar a invocação às divindades pagãs. 

Francisco Barbosa, escrevendo em  seu comentário “Não tomarás o nome do Senhor em vão”, dialoga com o comentarista Esequias Soares em Os Dez Mandamentos – valores divinos para uma sociedade em constante mudança, o qual aponta que “O nome ELOHIM apresenta os primeiros vislumbres da Trindade. 

A declaração de Gênesis 1.1; traz o verbo no singular, "criou", e o sujeito no plural ELOHIM, "Deus", o que revela a unidade de Deus na Trindade. Construção similar aparece em várias partes do Antigo Testamento: "E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gn 1.26); "Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós" (Gn 3.22); "Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua" (Gn 11.7). A Trindade é vista em ELOHIM à luz do contexto bíblico.” [3]

Nomes específicos.  Elyon, “Altíssimo” (Dt 32.8). El-Elyon, “Deus altíssimo” (Gn 14.19,20). “A expressão ‘El ‘Elion “O Deus Altíssimo”, é particularmente significativa quando usada por Melquisedeque (Gn 14.18-20) - (PFEIFFER, 2010, p. 544)”.

O nome El-Shadday  é a forma em que o supremo ser se identifica como o  “Deus Todo-poderoso” (Gn 17.1; Êx 6.3). Nesses textos em foco, além de se apresentar como o ‘Todo poderoso’, surge aí revelando a sua onipotência, evidenciando assim que nada lhe é impossível. Ao passo que no plano natural seria inconcebível a ideia de uma mulher como Sara, de idade já avançada daria a luz um filho, o El-Shadday, realiza o inesequível ao olho humano, tornando-a mãe, inclusive surpreendendo-a. Conforme vaticina ANDRADE, (1996, p. 112):
“Avançando em sua comunhão com o Senhor, este se lhe apresenta como o Senhor Todo-poderoso. Ou seja, aquele que faz as coisas acontecerem. Aquele que tudo comanda; que não é surpreendido por nada; que tem poder suficiente para tornar cada decreto seu, realidade”.
Já o nome Adonay, que aparece em “(...) eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono (Is 6.1), significa “Senhor”. Para PFEIFFER (2010, p. 543), em Dicionário Bíblico Wycliffe, trata-se de título honorário com possibilidade de uso tanto singular quanto no plural, com os significados: ‘Amo’, ‘Soberano’ ou ‘Senhor’. “Sua forma alternativa aparece em Salmos 11.1 onde se lê: ‘Disse o senhor [Yahwer] ao meu Senhor [‘adoni]’. O texto em Mateus 22.41-45 mostra como Cristo identificou este título consigo mesmo (PFEIFFER, 2010, p. 543)”.     

O nome por excelência para o Deus de Israel é Jeová (YAHWEH), encontrado 6.823 vezes no Antigo Testamento. Por meio da libertação de Israel da escravidão no Egito, de sua adoção como uma nação, e de sua condução até a Terra Prometida, o DEUS Redentor é especialmente conhecido por esse nome. 

O DEUS auto-revelado se revela de maneira redentora de uma forma especial (EU SOU O QUE SOU, Êx 3.14). Veja Eu Sou. O Deus vivo, que havia anteriormente se manifestado aos patriarcas como El Shaddai (Êx 6.2ss.), não era totalmente desconhecido deles como Jeová, sendo esse nome encontrado frequentemente em Gênesis e pronunciado pelo próprio Senhor Deus, e mesmo na bênção de Jacó (que nenhum redator teria alterado!). A partir de Abraão, o nome de Jeová aparece periodicamente nos registros sagrados. 

Mas com o resgate de Israel e com o estabelecimento da teocracia, Jeová torna-se o nome inconfundível no Antigo Testamento para o Deus vivo, que não apenas adapta a natureza pecadora à graça, mas também molda um novo tipo de graça em meio a este curso natural das coisas”. (PFEIFFER, 2010,  pag. 540-541].

O NOME QUE SE TORNOU INEFÁVEL

1 A pronúncia do nome divino. Como escreve SOARES (Lições Bíblica), “O tetragrama é inefável no judaísmo desde o período interbíblico e permanece impronunciável pelos judeus ainda hoje”. Como escreve Russell Norman Champlin, O tetragrama sagrado YHWH (Yahweh) não deveria ser pronunciado. 

Com o passar dos anos, perdeu-se a pronúncia correta do tetragrama. Estudiosos adicionaram as vogais de Adonai (meu Senhor) combinando-as com as consoantes YHWH, e o resultado foi a forma Jeová. 

Não se trata, realmente, de um nome de Deus, mas de uma corruptela do nome, a fim de que pudesse ser proferido, sem nenhum temor pelos judeus. Mas nunca aparece, com essa forma, no original hebraico da Bíblia. Tal forma só começou a aparecer no século XII D.C. Antes disso, —cada vez que aparecia YHWH, os judeus pronunciavam «Adonai». Parafraseando CHAMPLIN” [4].

O significado. “Esse nome vem do verbo hebraico haiah, “ser, estar”. O significado desse verbo em Êx 3.14, “EU SOU O QUE SOU”, indica que Deus é imutável e existe por si mesmo; é autoexistente, autossuficiente e que causa todas as coisas” (SOARES, Lições Bíblicas, p. 37). Em sua abordagem sobre a autoexistência de Deus, Boice, cita Matthew Henry, o qual declara: “O maior e melhor homem do mundo pode dizer ‘pela graça de Deus eu sou o que sou’, mas Deus declara de forma absoluta – e isso é mais do que qualquer criatura, homem ou anjo possa afirmar – Eu sou o que sou” [1]. Mathew Henry comentando o texto de Ex 3.14 diz: “Um nome que denota o que Ele é em si mesmo (v. 14): Eu sou o que sou. Isto explica o seu nome Jeová, e significa: 

(1) Que Deus é autoexistente; Ele tem a sua existência em si mesmo, e não depende de ninguém. O maior e melhor homem do mundo deve dizer: “Pela graça de Deus, sou o que sou”. Mas Deus diz de uma forma absoluta - pois Ele é mais do que qualquer criatura, homem ou anjo, e só Ele pode dizer - “Eu sou o que sou”. Sendo autoexistente, só Ele pode ser autossuficiente, e, portanto, todo-suficiente, a fonte inesgotável de vida e alegria. 

(2) Que Deus é eterno e imutável, e sempre o mesmo, ontem, hoje, e eternamente; Ele pode ser aquilo que quiser ser. Ele é, Ele era, e Ele há de vir. Veja Apocalipse 1.8. 

(3) Que não podemos, investigando, descobri-lo. Este é um nome que censura todas as indagações ousadas e curiosas a respeito de Deus, e na verdade diz: Não pergunte o meu nome, visto que é segredo, Juízes 13.18; Provérbios 30.4. Perguntamos o que Deus é? E suficiente para nós sabermos que Ele é o que é, o que Ele sempre foi, e sempre será. Quão pouco é o que temos ouvido dele! Jó 26.14. 

(4) Que Ele é fiel e verdadeiro em todas as suas promessas, imutável em sua palavra assim como em sua natureza, e não um homem que mente. Que Israel saiba disso: EU SOU me enviou a vós” [5].

TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO

O terceiro mandamento). Tratando do terceiro Mandamento exposto em Êxodo 20.7 e Deuteronômio 5.11, Soares apresenta-nos que o termo hebraico lashaw, é “em vão, inutilmente, à toa” – indica algo sem valor, irreal no aspecto material e moral.  O outro termo que aparece é Epimataio, palavra grega com o sentido de algo feito “impensadamente”.

O Catecismo Menor de Martinho Lutero sobre este mandamento diz: “Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, por isso, em seu nome não amaldiçoar, jurar, praticar a magia, mentir ou enganar; mas devemos pedir a sua ajuda em todas as necessidades, orar, louvar e agradecer”. 

O mesmo escreve Russell Norman Champlin em obra já citada: “Abusos contra o nome de Deus. Vários desses abusos eram e continuam sendo possíveis: 

1. O trivial. Até mesmo crentes exclamam, descuidadamente: “Ó meu Deus!” E até mesmo crentes piedosos falam de modo frívolo acerca do Senhor, como se Ele fosse apenas um bichinho de estimação. Combato essa forma ridícula de teísmo de acordo com a qual qualquer pensamento ou ato trivial é lançado na conta do Senhor. Trata-se de uma forma de auto- exaltação. Pois se o grande Deus está conosco em questões tão pequenas, então quão importantes nós somos. Em contraste com isso, os israelitas piedosos nem ao menos pronunciavam o nome divino Yahweh, mas corrompiam-no de alguma forma, para não se tornarem culpados de estarem tomando o nome de Deus em vão. 

2. Nas artes mágicas e nos juramentos. Como nas conjurações e nos ritos pagãos. Ver Gn 32.27,29. O nome de Yahweh não podia ser usado em tais atividades. 

3. O nome de Yahweh não podia ser misturado com os nomes de divindades pagãs, como se fizesse parte de algum panteão gentílico. 

4. A proibição do uso do nome divino incluía a ideia de empregar o nome de Deus para invocar os mortos. O nome de Yahweh não podia ser misturado à bruxaria. 

5. O nome de Yahweh não podia ser usado nos juramentos falsos, como se a veracidade de uma pessoa pudesse ser apoiada pelo grande DEUS (Lev. 19.12). 

6. Embora 0 texto sagrado não o diga especificamente, temos aqui um mandamento contra toda espécie de profanação por meio de palavras, incluindo ou não os nomes divinos. O texto por certo subentende o uso devido da língua, em questões tanto sagradas quanto seculares” [7].

Juramento e perjúrio. De acordo com o professor Esequias Soares, “O juramento é o ato de fazer uma afirmação ou promessa solene tomando por testemunha algum objeto tido por sagrado. O perjúrio é o falso juramento”. Em consonância com Soares, o teólogo Henry alguns pontos que no entendimento são significativos no que concerne ao fazer juramentos, orientando aos servos de Deus a “manter uma consideração muito reverente ao santo nome de Deus (v. 12), e não conclamá-lo como testemunha, seja: 1. De uma mentira: “[Não] jurareis falso pelo meu nome”. Já é ruim dizer uma mentira, porém jurar é muito pior. Ou: 2. De uma brincadeira, e impertinências: “Pois profanaríeis o nome do vosso Deus” - usando-o com qualquer outro propósito diferente daquele para o qual deve ser religiosamente usado”. [6]

Modalidades de juramentos. O Comentário Bíblico Beacon, sobre Juramentos (Mt 5.33-37): “A lei mosaica dizia: Não perjurarás (33; Lv 19.12; Nm 30.2; Dt 23.21), isto é, “jurar falsamente” - no Novo Testamento, este verbo só é encontrado aqui. Mas Jesus disse: De maneira nenhuma jureis (34). Ele proibiu especificamente jurar pelo céu, pela terra, por Jerusalém, ou pela nossa própria cabeça (34- 36). 

Os judeus defendiam que jurar pelo nome de Deus vinculava aquele que fazia o juramento, mas jurar pelo céu não trazia nenhum vínculo. Assim, os itens acima eram substituídos como uma forma de subterfúgio, para não se dizer a verdade. Bengel cita o ditado rabínico: “Como o céu e a terra passarão, assim também o juramento passará, pois os conclamou como testemunhas”. 

Jesus defendeu que Deus está sempre presente quando os homens falam; por esta razão, todos devem falar honestamente. (36) O mandamento de Cristo foi: seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não (37) - ou, como Beck apresenta: “Simplesmente diga: ‘Sim, sim; não, não’ ’’. A própria prática de jurar é um triste reflexo do caráter humano. Jesus exige honestidade o tempo todo, esteja um homem sob juramento ou não. Não há um padrão duplo para o cristão” [10].

O SENHOR JESUS PROIBIU O JURAMENTO?

1 Objetivo do terceiro mandamento. O cristão não deve precisar fazer juramento algum em sua vida diária, seu falar deve ser “sim, sim” e “não, não”, como ensina Jesus. Somente a sinceridade total, sem um juramento de garantia, assegura a verdadeira fraternidade. Jesus afirma: Vocês sequer devem jurar, ou seja, vocês não devem fazer uso de todos esses juramentos de corroboração e juramentos compromissivos e não compromissivos. Vocês se enganam se pensam que, com essas artimanhas, podem escapar da maldição divina. 

Outra vez recorro a Russell Norman Champlin, quando este escreve: “Sim, sim... não, não». A repetição da palavra é a confirmação ou não da verdade. A garantia da honestidade do indivíduo deve ser a confiança na sua simples palavra. Provavelmente Jesus insistiria que tal honestidade deve ser inspirada pela consciência da presença de Deus e a relação do homem para com o Senhor” [8].

A proibição relativa. “O que os seguidores de Jesus devem fazer é simplesmente dizer sim ou não, e honrar a palavra empenhada. Schweizer escreve: “Quando a palavra humana se deteriora de tal modo que sob certas circunstâncias sim pode significar não, e não sim, a comunidade está destruída” (p. 128). Estar sob o governo de Deus (isto é, em seu reino) é ser digno de confiança absoluta e honesto de modo transparente. 

Afastar-se desse princípio é cair sob a influência do maligno. Por toda a história da igreja tem havido crentes que acham que é errado fazer juramentos, sejam eles de que natureza forem. Entretanto, Jesus permitiu ao sumo-sacerdote que o colocasse sob juramento (Mateus 26:62-64), e Paulo invocou a Deus, para que lhe servisse de testemunha (2 Coríntios 1:23; cp. Gálatas 1:20). O assunto sob consideração em Mateus não é tanto a questão de se fazer um juramento, mas a necessidade de se falar a verdade em todas as ocasiões. 

É inevitável que Jesus penetre a fundo na legislação, para chegar aos princípios essenciais que ela pretende ensinar. Codificar o ensino de Cristo é o mesmo que destruí-lo. As “regras” do Senhor vão muito mais longe do que toda nossa habilidade para regulamentar o exterior de modo satisfatório. Os princípios de Jesus nada exigem senão a entrega interior, total, aos propósitos e à natureza de Deus” [9].

Conclui-se que apropriar-se do nome de Deus como autenticação de algo como sendo a verdade, por si só demonstra claramente que tal narrativa não é digna de credibilidade por parte de quem ouve. Em dias de tamanha tentativa de desconstrução dos princípios morais e eternos de Deus, somos compelidos pelo Espírito Santo a mantermos um padrão de sensatez com o nosso falar, de modo especial, ao proferirmos o nome do Senhor. 

De outra maneira, como podemos cooptar a possibilidade de que um dia iremos às mansões celestiais, para vivermos eternamente ao lado daquele que é reto em procedência, coerente em ações e verdadeiro em falar? Zelemos, pois, pelo nome do Senhor dos exércitos, honrando-o com as atitudes que são inerentes à vida cristã. A mente de Cristo impregnada em nossos corações condiciona-nos à uma vida preservada pela palavra que regenera o mais vil pecador.  
    
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Referências bibliográficas:

ANDRADE, C. Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 111.
[Ibidem, p. 112].

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. CPAD, 1995, p. 84,.

[1] Commentary on the Whole Bíblo, citado pelo Teólogo James Montegomery Boice em “Fundamentos da fé cristã”, Rio de Janeiro: Agir, 2011, p. 90.  


PFEIFFER, Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: Editora CPAD. pag. 543).
[Ibidem, p. 544].

[2] MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Citado por Francisco Barbosa em http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/01/1trim2015licao-5-nao-tomaras-o-nome-do.html. Acesso em: 27 jan, 2015.

[3]  Os Dez Mandamentos – valores divinos para uma sociedade em constante mudança, citado por Francisco Barbosa em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/01/1trim2015licao-5-nao-tomaras-o-nome-do.html. Acesso em: 27 jan, 2015.

[4] Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo, citado por Francisco Barbosa em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/01/1trim2015licao-5-nao-tomaras-o-nome-do.html. Acesso em: 27 jan, 2015.


[5] Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio, citado por Francisco Barbosa em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/01/1trim2015licao-5-nao-tomaras-o-nome-do.html. Acesso em: 27 jan, 2015.

[6] (Ibidem, citado por Francisco Barbosa em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/01/1trim2015licao-5-nao-tomaras-o-nome-do.html. Acesso em: 27 jan, 2015.   

[7] Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo, citado por Francisco Barbosa em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/01/1trim2015licao-5-nao-tomaras-o-nome-do.html. Acesso em: 27 jan, 2015.

[8] O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo, citado por Francisco Barbosa em:

[9] Comentário Bíblico Contemporâneo. Mateus,  citado por Francisco Barbosa em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/01/1trim2015licao-5-nao-tomaras-o-nome-do.html. Acesso em: 27 jan, 2015.

[10] Comentário Bíblico Beacon. Mateus, citado por Francisco Barbosa em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/01/1trim2015licao-5-nao-tomaras-o-nome-do.html. Acesso em: 27 jan, 2015.

SOARES, Esequias. Os Dez Mandamentos. Lições Bíblicas Professor 1º Trim. 2015, CPAD, p. 37.
[Ibidem, p. 38). 

2 comentários:

  1. Blog encantador,gostei do que vi e li,e desde já lhe dou os parabéns,
    também agradeço por partilhar o seu saber, se achar que merece a pena visitar o Peregrino E Servo,também se desejar faça parte dos meus amigos virtuais faça-o de maneira a que possa encontrar o seu blog,para que possa seguir também o seu blog. Paz.
    António Batalha.

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  2. Agradecedo pelas palavras de estímulo. Fico feliz por saber que este instrumento está sendo útil e tudo isto é para a glória de Deus. Com todo prazer Visitarei o seu blog e seguirei. Será uma honra tê-lo como seguidor do meu. Que o Deus todo-poderoso te encha de Paz.

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