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domingo, 16 de dezembro de 2012

AGEU – O COMPROMISSO DO POVO DA ALIANÇA


                                                                                                                                        Edilson Moraes







LIÇÃO 11
16/12/2012


“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”


Texto bíblico:
Ageu 1. 1- 9

Objetivos:

Ø  Conhecer o contexto histórico da vida de Ageu.

Ø  Elencar os principais problemas encontrados pelos hebreus para reconstruir o templo.

Ø  Saber que temos responsabilidade diante de Deus e dos homens.


Estrutura da lição:

I - O LIVRO DE AGEU

II – RESPONSABILIDADE E OBRIGAÇÕES

III – A EXORTAÇÃO DIVINA

      CONCLUSÃO

Esboço do livro

I A Primeira mensagem: Concluir a construção do templo (1.1-15)
A.   Data: 1º de Elul (29 de agosto) de 520 a. C. (1.1)
B.   O profeta repreende o povo por não ter concluído a construção do templo (1.2-11)
C.   A reação do povo (1.12-15)

II A Segunda Mensagem: A Promessa de Maior Glória (2.1-9)
A.   Data: 21 de Tisri (17 de outubro de) de 520 a. C. (2.1)
B.   O Último Templo Comparado ao Anterior (2.2-4)
C.   A Glória do Último templo será maior (2.5-9)

III A Terceira Mensagem: A chamada à santidade com bênçãos (2.10-19)
D.   A data: 24 de Quisleu (18 de dezembro) de 520 a. C. (2.10)
B.   O efeito corruptor do pecado (2.11-14)
C.   A bênção da obediência (2.15-19)

IV A Quarta Mensagem: Uma Promessa Profética (2.20-23)
A.   Data: 24 de Quisleu (18 de dezembro) de 520 a. C. (2.20)
B.   A ruína futura das nações (2.21,22)
C.   O significado profético de Zorobabel (2.23)


Datado do segundo ano do reinado de Dário – 520 a.C., Ageu é tido como o primeiro dos três profetas pós-exílio, ao lado de Zacarias e Malaquias. Provavelmente deve ter sido um dos exilados que ao retornar para sua terra de origem recorda saudosamente do templo antes de ter sido destruído por Nabucodonosor, no ano  586 a.C. A respeito de sua idade ao lançar a profecia, deveria estar entre setenta e oitenta anos. O tema de sua mensagem é a reedificação do Templo.

Para que possamos nos situar, se faz necessário entrarmos no contexto histórico e resgatar relatos dos fatos ocorridos dias antes desse vigorante profeta.

No ano 538 a.C., Ciro da Pérsia havia promulgado um decreto permitindo aos judeus regressar para sua habitação, em cumprimento às profecias de Isaías e Jeremias (Is 45.1-3; Jr 25.11,12; 29. 10-14), assim como a intercessão do profeta Daniel (cp. 9). Em 536 a.C., o primeiro grupo de judeus repatriados ao seu território iniciou a reconstrução do templo, deixando os alicerces já adiantados. Enfrentaram oposições ferrenhas por parte de seus vizinhos samaritanos e outros povos ao ponto de verem seus ânimos desfalecidos, paralisando a obra, incompleta em 534 a.C. Como resultado, a letargia espiritual apoderou-se dos judeus, conduzindo-os a se preocupar com a construção de suas próprias residências, em um sinal claro de descaso com as coisas sagradas e, concumitantemente, com tudo o que representa os interesses de Deus.  

Em meio a este quadro de descompromisso com a obra, eis que surgem Ageu e outro profeta ainda jovem, de nome Zacarias que teriam como desafio reconduzir o povo àquela proposta inicial de reconstrução do Templo Sagrado. Mediante a interveniência desses grandes homens, após quatro anos o espaço de adoração ao Senhor estava concluído.

Quando o crente perde a aliança com o seu criador, uma das primeiras conseqüências visíveis é a falta de compromisso com o mundo espiritual, configurado pelo comportamento letárgico. Por sua vez, a letargia induz o crente ao materialismo, mundanismo e perda da sensibilidade espiritual.

"E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus. (Lucas 9 : 62). " Os episódios bíblicos respaldam-nos a termos o cuidado para não deixar que a obra de Deus  sofra com o processo de descontinuidade. O Senhor revela-nos que vence aquele que persevera. A covardia, comodismo e a letargia não podem nem devem fazer parte do repertório do cristão.

Sejamos então perseverantes em nossa prática de servir e de serviço no Reino de Deus. É bem verdade que as dificuldades são enormes. Todavia, não devemos esquecer que o Reino dos Céus é tomado à força mesmo. E quem disse isso sabia muito bem do que estava falando, pois foi preciso dar a sua própria vida para nos livrar do pecado e da morte.

O que geralmente ocorre é que as pessoas costumam esperar que o outro faça aquilo que ela mesma pode e deve fazer, ou que Deus suscite profetas para “revelar” o já revelado há milênios.

Assim como ocorreu com Ageu e o jovem Zacarias, que não só oraram, mas, sobretudo agiram encarando como um desafio do qual não tinham como abrir mão e viram o mover de Deus tanto em suas vidas quanto na vida de todo o povo judeu, que nesses últimos dias o povo cristão possa também se posicionar na linha de frente. É hora de enfrentarmos o adversário, restaurando as paredes do templo do Senhor em nossas vidas. A Igreja não pode ser complacente nem estática diante do quadro social e espiritual degradante em que a sociedade se encontra. 

Como o povo revestidos de poder e autoridade que somos, podemos fazer muito mais do que fazemos atualmente. Se a comunidade cristã se conscientizar de que não apenas o falar seja suficiente, mas que precisamos dar sinais de que colocamos a "mão na massa" mesmo; que estamos envolvidos nas causas sociais em torno do mundo inteiro; que o espaço que ocupamos no mundo serve de canal de bênçãos e transformação para o nosso próximo, com certeza o nosso falar será respeitado e as nações conhecerão a Deus pelo que é, de fato em nós, não pelo que apenas dizemos.

Deus usou o profeta Ageu para impactar os seus descendentes, conduzindo-os à renovação da aliança, renovando-lhes a força e a credibilidade com o seu criador. Não podemos negar o alcance que uma ação desse quilate tem tanto de forma direta como indiretamente, em relação ao que recebe a mensagem como àqueles que estão ao redor. Com a restauração do templo e o povo voltando a comprometer-se com o Senhor, até os povos afastados  (gentios) que temiam o nome de Deus por ver seu o mover entre os judeus, eram abençoados também. O que estamos afirmando é que quando nós estamos cumprindo o nosso papel de verdadeiros adoradores, até quem não conhece a Deus é abençoado por causa do agir glorioso  Dele em nós. Cuidado! Não estamos falando de religiosidade míope, fanatismo e menos ainda de puritanismo utópico. Falamos, sim, de vida cristã embasada na mensagem cristocêntrica da Bíblia Sagrada. Acredito que já passamos tempo demais debaixo de uma roupagem medíocre que só impediu o crescimento da Igreja.  


Referências:

Disponível:http://www.google.com.br/imgres?q=aliança&um=1&hl=pt-BR&sa=N&tbo-acesso:16/12/2012.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Antigo e Novo Testamento. Versão revista e corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

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