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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

-POLITICAGEM

A des(construção) de princípios e valores. 










Por: Edilson Moraes



O momento eleitoral tem revelado em escala crescente a falta de maturidade de alguns irmãos, dado o nível de palavras e o grau de intolerância manifestados em termos pejorativos contra pessoas da mesma fé. Isso ganha ainda mais ênfase quando consideramos que é por motivo tão banal, qual seja, a opção por determinado projeto político. 

Seria uma forma de tentar coibir a livre escolha garantida a todos os cidadãos. A manifestação de atitudes em tal similaridade, denuncia no mínimo ausência de união, intolerância e distanciamento da vida cristã autêntica. A nova vida em Cristo nos conduz ao divórcio definitivo com o mundo, sem no entanto nos tornar intolerantes, sejam em quais forem as circunstâncias.


Outro aspecto a ser tratado é o fato de que alguns  deixam de confiar exclusivamente no criador para de forma equivocada creditar aos políticos a esperança de que possam trazer melhorias ao país e resolver problemas históricos do Brasil. Precisamos escolher um que melhor nos represente. No entanto, lembremos que é homem imperfeito, na maioria das vezes sem qualquer experiência com Deus e que a qualquer momento irá nos decepcionar. 

Observando a revelação divina facilmente notaremos que ao procedermos deste modo, estamos caminhando na direção oposta daquilo que os registros divinos apontam como realidade indiscutível não somente para os dias atuais, como sobretudo, para os tempos vindouros. Por acaso temos autoridade para excluir da Bíblia aquilo que ela afirma sobre os dias maus? Podemos retirar dos ensinamentos de Cristo aquilo que Ele falou a respeito do modo como o mundo vê a Igreja? Por acaso não afirmou Ele mesmo que seríamos odiados pelo mundo? "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim (João 15.18)". 


Mas, acreditamos que nem tudo está perdido. Ainda há como revertermos este quadro, mediante a submissão à orientação da palavra do Senhor, que nos adverte "e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar. Pois agora escolhi e consagrei esta casa, para que nela esteja o meu nome para sempre; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu coração perpetuamente" (2Cro 7.14-16).


Logo, a noção de pertencimento e de interdependência uns dos outros deve ser a força motriz que nos conduz ao ligamento de um só corpo (igreja) que por sua vez é constituída de vários corpos (cada indivíduo) e várias cabeças (pensar diferente). Assim, somos membros do mesmo corpo, doa qual Cristo é a cabeça.

Temos ainda o dever moral de em todo o tempo creditarmos a Deus a nossa confiança e esperança. O processo eletivo é apenas uma das formas de manifestação do pensamento humano, que por sua vez possibilita-nos debater sobre as problemáticas que afligem a sociedade, de forma cordata e amigável, tendo no outro um pouco de cada um de nós e vice-versa.

Por mais que hajam as boas intenções por parte dos nossos representantes políticos, eles jamais terão o mérito de sanar os problemas que afetam o nosso país. Caso isto ocorresse, seria mentira o que preconiza a Palavra de Deus. Não compete a nós evitarmos o que aí está posto em termos de profecia.

Deixar de crer exclusivamente em Deus esperando que possam vir soluções por meio de homens que na sua maioria sequer o temem, resulta em demonstração clara de falta de fé. "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus".

Mas, se por outro lado em se tratando de política não podemos endeusar lideranças partidárias, por outro, o líder cristão tem plena autoridade para orientar a igreja quanto ao exercício pleno da sua cidadania. Não há pecado algum neste sentido. A principal função do obreiro do senhor é conduzir o povo ao que é bom, ético e moral. Embora tenhamos o cuidado com a vida espiritual, pois nosso alvo é o céu, lembremos que ainda estamos em corpo físico, o qual está sujeito às Leis humanas. Na condição de cidadãos da terra é nosso dever participar e decidir sobre questões políticas. Quando não o fazemos, deixando que outros decidam por nós, cometemos o pecado da omissão. Façamos política sem a mancha do "politiquismo" nocivo que tanto tem prejudicado a nação.    

O que deve ser evitado com todo o rigor que a Bíblia exige, é a reprodução da politicagem seja em qual nível for. Via de regra, esta conduz o povo ao radicalismo, exclusão, intolerância e outras variantes igualmente nefastas a qualquer sociedade.


Por fim, nós cristãos precisamos resgatar em nossa prática cotidiana aquela união pela qual a Igreja sempre foi reconhecida e respeitada ao longo de sua história. Não temos o direito de nos auto-mutilarmos (Igreja contra Igreja). Afinal de contas, o texto sacro nos ensina que somos membros de um mesmo corpo.

Precisamos promover ações que estimulem o bom convívio, o respeito recíproco e sobretudo ao amor incondicional ao nosso próximo quer seja de dentro da Igreja ou de fora dela. Se assim o fizermos, poderemos enfim ter a garantia de que estamos efetivamente sendo cidadãos da terra e consequentemente dos céus.

Tenhamos habilidade para fazer a distinção entre política enquanto ciência e espaço dos debates das ideias e a politicagem - ambiente das calúnias, interesses pessoais e agressividades e inversão de valores.

A partir do momento que a igreja hodierna se conceber como dependente e crente na Palavra de Deus, colocando-nos na direção da oração e humildade conforme registrado no texto de 2 Crônicas citado acima, estaremos nos realinhando com o Senhor, nos preocupando mais com o cumprimento das profecias bíblicas em detrimento de inquietações vãs sobre as coisas do "curso deste mundo"  do qual não pertencemos. 



Que Deus em tudo seja glorificado, principalmente em nós, seus servos. Hoje e para sempre!



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